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Produtora de ‘papel de pedra’ à conquista do mercado português

Empresa sedeada em Barcelona com papel mineral original quer entrar em Portugal em 2017 com a abertura de duas sucursais, em Lisboa e no Porto.
21 Setembro 2017, 07h30

A EmanaGreen está a mostrar aos empresários e potenciais clientes em Portugal, na terceira edição da feira industrial Empack e Transport & Logistics, que termina hoje na Exponor, uma grande inovação na indústria internacional de pasta e papel, o papel de pedra.

Em 2010, a EmanaGreen fez nascer, em Barcelona, a única empresa distribuidora de papel de pedra da Península Ibérica.

A ideia para a criação deste produto surgiu quando Joan Ricart e Ignacio Schmidt, fundadores da empresa, se deixaram inspirar por um trabalho feito em papel mineral, na School of Visual Art of New York.

“A sua condição ecológica e de resistência motivou-o a contactar o seu inventor, produtor e proprietário da patente, dando origem à EmanaGreen”, explica um comunicado da empresa.

O mesmo comunicado acrescenta que “hoje, a empresa domina o mercado ibérico e colabora na logística e desenvolvimento de novas aplicações do produto, com parceiros em Inglaterra, Alemanha e França, levando-a a atingir notáveis valores de faturação”.

Em 2017, o volume de negócios da EmanaGreen superou os 750 mil euros, mais de 35% em relação a 2016.

“Para 2018, prevê um ritmo de crescimento semelhante, com base num plano estratégico assente no desenvolvimento de novas aplicações e na captação de novos clientes”, assegura o referido comunicado.

O Jornal Económico apurou que a EmanaGreen está a iniciar a sua atividade em Portugal, com alguns clientes, principalmente de etiquetagem para o setor do vinho, que valorizam o facto de estes rótulos não se degradarem com água ou gelo.

Neste momento, ainda a operar o mercado interno diretamente a partir de Espanha, a EmanaGreen está a negociar com um grande distribuidor em Portugal e tendo em conta a procura estimada do produto, vai, até ao final deste ano, abrir estruturas comerciais (sucursais) em Lisboa e no Porto, ajudando a criar mais empregos no nosso País.

A penetração em mercados em que os produtos de PVC são expressivos é também um pressuposto estratégico da empresa, “atendendo à competitividade dos seus preços”.

A marca comercializa através da sua rede comercial, nomeadamente para profissionais de artes gráficas, de etiquetagem, de sacos, ‘posters’, cadernos, mapas, cartões de crédito em PVC, entre outras.

“Com a realização da terceira edição da Empack e Transport & Logistics, a maior feira ibérica profissional nas áreas da embalagem, armazenagem, manutenção e logística, a empresa leva à Exponor este papel inovador, distinto pela sua resistência e dimensão ecológica. Os mapas espalhados pela feira são, inclusivamente, impressos neste papel”, adianta o referido comunicado da EmanaGreen.

Segundo os responsáveis da EmanaGreen, o papel de pedra, uma marca registada comercialmente, é um papel inovador, elaborado pelo conglomerado do Tawain TLM, e reconhecido pela certificação ecológica ‘Cradle to Creadle’ como “infinitamente reciclável”.

“A sua produção requer cerca de menos 50% de energia em relação ao papel tradicional e não precisa de água nem de madeira para a sua elaboração, nem de qualquer adição de químicos. É fabricado com 80% de carbono cálcico e 20% de polietileno de alta densidade, permitindo a impressão em quase todos os sistemas atuais, incluindo as novas impressões digitais”, conclui o comunicado da EmanaGreen.

A Empack & Logistics Porto 2017 encerra hoje na Exponor, em Matosinhos, contando com 140 expositores e com um centro de conferências com mais de 40 oradores.

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