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Professor da Faculdade de Ciências de Lisboa distinguido lá fora pelo seu trabalho na Interação Pessoa-Máquina

Tiago Guerreiro foca a sua investigação no desenho, desenvolvimento e avaliação de sistemas interativos entre pessoas e máquinas nas áreas de acessibilidade e saúde.
6 Março 2025, 21h39

Tiago Guerreiro, investigador e docente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS ULisboa), é o primeiro português distinguido com o ACM SIGCHI Societal Impact Award 2025. O seu trabalho foca-se no desenho, desenvolvimento e avaliação de sistemas interativos nas áreas de acessibilidade e saúde.

“Toda a minha investigação tem a sociedade e as pessoas como foco e, assim, mesmo a investigação mais fundamental é realizada com uma forte consideração sobre as implicações e o potencial positivo dessas tecnologias no nosso mundo”, explica o investigador.

Grande parte dos projetos conduzidos por Tiago Guerreiro, “são realizados em contexto real com colaborações com instituições e indivíduos e existe também um impacto a curto prazo, dado que procuramos sempre deixar algo disponível, quer seja uma plataforma, protótipos ou um software que permita apoiar o grupo de pessoas em causa, quer sejam idosos ou crianças com deficiência visual”.

Association for Computing Machinery (ACM) é a maior associação mundial na área da computação e o Special Interest Group on Computer-Human Interaction (SIGCHI) é o seu maior grupo de interesse, representando a comunidade internacional de Interação Pessoa-Máquina. O Societal Impact Award reconhece investigadores cujos trabalhos têm um impacto significativo na sociedade, no que respeita à Interação Pessoa-Máquina.

 

 Inovações de Tiago Guerreiro

  1. Tecnologias acessíveis para pessoas com deficiência visual: Trabalhando há quase duas décadas com instituições dedicadas à formação de pessoas com deficiência visual, como é o caso da Fundação Raquel e Martin Sain, desenvolveu métodos inovadores de interação com dispositivos móveis, incluindo um método de entrada de texto multi-toque baseado em Braille.
  2. Inclusão de crianças com deficiências visuais: Em colaboração com escolas de referência, criou ambientes tangíveis que permitem a crianças com deficiências visuais aprender programação de forma inclusiva, promovendo a colaboração entre alunos com e sem deficiência visual.
  3. Tecnologia aplicada à saúde: Em parceria com clínicos, desenvolveu plataformas como o DataPark, que monitoriza doenças neurodegenerativas e já impactou a avaliação de mais de 4000 pacientes.

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