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Professores ameaçam com maior manifestação da legislatura este sábado

A esmagadora maioria dos professores defende a recuperação total do tempo de serviço, segundo um inquérito realizado pelos sindicatos.
23 Março 2019, 08h30

Os professores concentram-se este sábado, 23 de março, pelas 15h00 no Marquês de Pombal, prosseguindo depois para o Terreiro do Paço em defesa da contagem dos 9 anos, 4 meses, 2 dias, de tempo de serviço naquela que poderá ser a maior manifestação de toda a legislatura.

A manifestação é promovida por dez organizações de professores e educadores – ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB e SPLIU -, que junto ao Tejo anunciarão as formas de luta a desenvolver nos próximos tempos e que foram sufragadas pelos professores individualmente através da resposta a um inquérito.

Dos  32.974 professores que participaram nesta consulta, 96,9% responderam que a exigência de recuperação do tempo de serviço na totalidade deverá ser mantida. Apenas 1% considerou que deveria ser aceite a fórmula do governo de recuperar 2 anos, 9 meses e 18 dias, enquanto 2,1% admitiu a alteração da posição.

Em relação ao faseamento, 87,8% dos docentes consideram que os sindicatos não deverão aceitar um faseamento que vá além de 2025, prazo estabelecido para os docentes da Madeira. 13,2% admitiram ir mais além.

Além da recuperação do tempo de serviço,  os professores defendem que a aposentação, a regularização dos horários e o combate à precariedade deverão continuar a integrar as prioridades da ação sindical.

Em relação à luta a desenvolver no 3.º período, as preferências dos professores foram, segundo o inquérito: convocação de nova manifestação; greves de 1 dia em diversas semanas; greve coincidente com o período de avaliações a partir de 6 de junho; greves coincidentes com dias de exame e provas finais; greves por regiões ao longo de diversas semanas.

Por último, 55,4% dos docentes consideraram que, caso a situação não se resolva, a luta deverá ser retomada com o início do próximo ano escolar, ou seja, logo em 1 de setembro.

“As organizações sindicais, caso a recuperação do tempo de serviço não mereça resposta positiva da Assembleia da República, optarão por estas ou algumas destas formas de luta”, afirma a FENPROF, principal sindicato dos professores em comunicado enviado às redações.

 

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