Os dados confirmam aquilo de que o mercado tecnológico em Portugal já se apercebeu: os profissionais de Tecnologias da Informação (TI) não estão nas empresas para ficar – pelo menos, não por dez ou 20 anos, como acontecia.
Alias, 90% destes colaboradores no país estão abertos a uma nova oportunidade de emprego (mesmo sem estar à procura) e a maioria (89%) têm um contrato sem termo, e ficam em média 1,6 anos no mesmo trabalho. Normalmente, aquilo que os motiva à mudança é a melhoria de ordenado, a progressão de carreira ou a mudança de função/responsabilidades.
As conclusões são do “Salary Survey 2020” da consultora de recrutamento Robert Walters, que concluiu ainda que 30% dos profissionais de TI espera um aumento salarial entre 7 e 20% em este ano.
Em termos de competências mais “apetecíveis” para as organizações que estão a contratar em TI, destaca-se a experiência em dados, cibersegurança, metodologias Agile e linguagens como Python, .Net ou Java. Logo, as profissões mais requisitadas serão: programador de Big Data (com uma procura de mais 50,6% em termos homólogos), engenheiro de dados (+44,3%), DevOps engineer (+38%), programador back end (+33,5%) e cientista de dados (+25,7%).
Segundo a análise da Robert Walters, os três elementos principais para a satisfação laboral para os profissionais da área tecnológica são o bom equilíbrio trabalho-vida pessoal; o salário e os benefícios extrassalariais e ter um trabalho desafiante no dia-a-dia. Logo, é natural que os especialistas de Recursos Humanos tenham denotado que estes colaboradores tendem a solicitar ao empregador políticas de conciliação familiar, flexibilidade e possibilidade de trabalho remoto.
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