A Universidade de Coimbra decidiu proibir carne de vaca nas suas cantinas a partir de janeiro de 2020, uma medida que tem sido criticada por vários setores económicos como os agricultores ou os produtores de leite.
A polémica já chegou ao Governo, com o ministro da Agricultura e o ministro do Ambiente e da Transição Energética a terem opiniões divergentes sobre o assunto. A medida foi tomada pelo reitor da universidade com razões ambientais, com as universidades nacionais a terem autonomia suficiente para decidirem sobre estas questões.
O responsável pela pasta da Agricultura deixou duras críticas, pela imposição da proibição por parte da Universidade de Coimbra, dizendo que a medida se deve ao “populismo e à demagogia”.
“Proibir ou educar? Não deixa de ser amargo constatar que até as vetustas paredes da centenária academia são permeáveis ao populismo e à demagogia. Sete séculos depois, o decreto ainda derrota a educação, que é a maior garantia da liberdade individual e, dentro desta, da liberdade de escolha informada”, escreveu Luís Capoulas Santos nas redes sociais.
Por sua vez, o ministro do Ambiente aplaudiu a medida por contribuir para a neutralidade carbónica. “Parece-me relevante que uma universidade, neste caso a de Coimbra, tudo faça com o objetivo de ser neutra em carbono em 2030. Esta é uma medida, obviamente outras terão que lhe seguir”, disse o governante, citado pela Lusa.
“Nós temos que evoluir para uma sociedade que seja neutra em carbono. Temos metas ambiciosas e todos os setores têm que contribuir”, disse, destacando a autonomia das universidades para tomar decisões.
Por sua vez, o líder do Partido Animais Pessoas (PAN) também aplaudiu a proibição. “É isto que defendemos, politica com coragem”, escreveu André Silva nas redes sociais.
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