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Projeto ‘Baterias 2030’ quer contribuir para a neutralidade carbónica de Portugal até 2050 (com áudio)

O ‘Projeto Baterias 2030’, que vai ser hoje apresentado publicamente, tem um investimento elegível de 8,3 milhões de euros e vai focar-se, durante os próximos dois anos, num modelo energético baseado na produção renovável que, por ser intermitente, torna necessário o armazenamento intermédio.
  • O administrador dos Portos do Douro e Leixões, João Matos Fernandes, durante uma entrevista à agência LUSA sobre a construção do cais do terminal de cruzeiros do porto de Leixões, Matosinhos, 10 de agosto de 2010. (ACOMPANHA TEXTO). JOSE COELHO / LUSA
30 Julho 2021, 09h10

Vai decorrer hoje, dia 30 de julho, em Braga a apresentação pública do ‘Projeto Mobilizador Baterias 2030’, que está prestes a concluir o primeiro ano de atividade.

“O ‘Baterias 2030’ é um projeto mobilizador liderado pela dstsolar, empresa do dstgroup que participa no consórcio com várias empresas.  O projeto conta também com a coordenação científica do INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia. Para os 23 parceiros deste projeto, trata-se de uma demonstração da prioridade dada pelo Governo Português a iniciativas concretas que vão contribuir para alcançar o objetivo de tornar a Europa no primeiro continente a atingir a neutralidade carbónica até 2050”, destaca um comunicado do grupo dst.

A cerimónia de apresentação pública deste projeto decorrerá a partir das 10 horas, no espaço gnration, em Braga, estando confirmada a presença do ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, e do secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, assim como do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio; do presidente da CCDR-N – Comissão de Coordenação da Região Norte, António Cunha; e do administrador da ANI – Agência Nacional de Inovação, Eduardo Bacelar Pinto.

De acordo com o referido comunicado, “a face mais visível do mesmo [do projeto ‘Baterias 2030’] vai ser a criação de um laboratório vivo, capaz de demonstrar a viabilidade de formas alternativas de geração, armazenamento, gestão e distribuição de energia, em que os edifícios possam beneficiar de redes autónomas alimentadas por energias renováveis”.

“A necessidade de criar formas alternativas de gerar, armazenar e distribuir energia elétrica está na base desta iniciativa, financiada pelo Programa Portugal 2020 e que junta um total de 14 empresas e nove instituições do tecido científico nacional. Até março de 2023, os parceiros do ‘Baterias 2030’ vão trabalhar em conjunto para criar tecnologias com base em linhas de investigação que ainda se encontram numa fase inicial, de modo a mudar a forma como a energia é produzida, armazenada e gerida nas zonas urbanas”, assinala o comunicado em questão.

O mesmo documento adianta que “o ‘Projeto Baterias 2030’ tem um investimento elegível de 8,3 milhões de euros e vai focar-se, durante os próximos dois anos, num modelo energético baseado na produção renovável que, por ser intermitente, torna necessário o armazenamento intermédio”, acrescentando que “este armazenamento, por motivos de poupanças na distribuição, terá de ser feito localmente, nos próprios edifícios, e integrada em microrredes inteligentes, as chamadas comunidades energéticas”.

“O principal objetivo do ‘Baterias 2030’ passa por demonstrar que as baterias vão ser o novo elemento central para a sustentabilidade e descarbonização urbana, ao mostrarem um caminho no sentido contrário de uma tendência que, se não for contrariada, ameaça tornar insustentável a vida nas médias e grandes cidades”, defende o comunicado da dst.

Recorde-se que o ‘Baterias 2030’ integra, além do dstgroup (dstsolar, dst, bysteel fs, innovationpoint), a Watt-IS e Addvolt (‘startups’ participadas do dstgroup), Efacec, Secil, C2C-NewCap, Visblue, Omniflow, 3Drivers, ZEEV, Amnis Pura,  INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, IST – Instituto Superior Técnico, CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes, LNEG – Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia, CEiiA, INESC-TEC, INESC-MN e Universidade do Minho, num total de 23 parceiros.

O projeto tem ainda como parceiros observadores, a Câmara Municipal de Braga, Exide Technologies, Prio Energy, EDP, Voltalia e Vestas.

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