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Promessa climática. O futuro do clima depende do investimento das empresas

“As organizações ao unirem-se podem passar sinais muito fortes de que descarbonizar tecnologias e serviços é um bem necessário”, apontou Kara Hurst da Amazon.
2 Dezembro 2020, 18h41

Não só de tecnologia se fala no universo digital da Web Summit. A sustentabilidade é também um dos temas centrais da conferência. Para abordar o investimento num futuro mais focado no clima, Kara Hurst, chief sustainability officer da Amazon e Juan de Antonio, CEO da Cabify, conversaram sobre como o investimento por parte das empresas é extremamente importante.

“O nosso trabalho começou quando pensámos nas nossas habilidades de utilizar a inovação e velocidade da Amazon para o bem, mas também começámos a ver o lado científico”, explicou Hurst, notando “a urgência de agir” quando “os efeitos das alterações climáticas estavam a ser sentidos a um ritmo mais acelerado e intenso do que o previsto pelos cientistas”.

A promessa climática foi criada para a comunidade empresarial “porque sabíamos que não podíamos estar nisto sozinhos”. “As organizações ao unirem-se podem passar sinais muito fortes de que descarbonizar tecnologias e serviços é um bem necessário”, apontou Kara Hurst. De facto, à promessa climática da Amazon juntaram-se empresas como a Cabify, Jetblue, Rivian e Uber, mostrando um crescimento rápido e a ambição global em salvar o planeta.

A Cabify foi uma das primeiras empresas de serviço ride-hailing que alterou as regras e só permitiu que os motoristas tivessem veículos elétricos, melhorando o serviço e o planeta uma viagem de cada vez. De acordo com Juan de Antonio, 2020 é “o segundo ano consecutivo em que somos neutros em carbono” e o apoio a iniciativas ‘verdes’ de elevado impacto continuam no Brasil, Chile e Peru.

Segundo Kara Hurst, os objetivos assinados pela Amazon estão cada vez mais próximos de ser atingidos. “Quando formámos a promessa climática comprometemo-nos com um caminho neutro em carbono até 2040, com energias renováveis até 2024 e totalmente renováveis até 2030”. “Às vezes olhamos para estes objetivos e pensamos se podíamos ir mais rápido e agora pensamos que podemos atingir energia 100% limpa em 2025, o que é bastante entusiasmante”, disse Hurst.

Atualmente com mais de 90 projetos climáticos em mão, a chief sustainability officer da Amazon destacou a criação do primeiro parque eólico europeu na Suécia, do maior parque solar no Reino Unido e do primeiro projeto de energia renovável em larga escala em Espanha, mostrando que o futuro da promessa está bem assegurado.

Relativamente à frota, sabendo que é um dos maiores emissores de carbono, Kara Hurst revelou que também a mudança a esta fase está a chegar. “Quando anunciámos a promessa climática comprometemo-nos no maior pedido de veículos elétricos. Pedimos 100 mil veículos da Rivian“, disse a responsável, admitindo que estes começam a chegar em 2021, esperando ter até 10 mil nas estradas até 2022 e a totalidade dos 100 mil até 2030.

“Mais recentemente pedimos 18 mil carrinhas elétricas da Mercedes-Benz, e esta foi a maior encomenda de veículos elétricos que a fabricante já recebeu”, realçou Kara Hurst.

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