O protecionismo que se espera de Donald Trump vai estar em destaque nas primeiras negociações de Wall Street desta segunda-feira, 20 de janeiro, ainda antes do 47º Presidente dos Estados Unidos fazer o juramento da bandeira.
Segundo uma análise da XTB, “o foco de Wall Street vai estar centrado no desempenho das empresas americanas”, uma vez que se “avizinham ‘tempos dourados’, reforçando a posição financeira dos EUA, não só enquanto potência, mas também como um império composto por dezenas de empresas privadas – um cenário atrativo para os investidores”.
Este facto deve-se então à estratégia de Donald Trump, que pretende colocar o selo “Made in America” em primeiro lugar e diminuir a exposição das empresas – e consequentemente da economia norte-americana – aos mercados asiáticos, promovendo um ambiente próspero para estas, independentemente das condições que encontrem no mercado.
“Caso o presidente americano cumpra estas promessas, os investidores podem esperar um crescimento destas empresas, bem como um potencial aumento dos custos das suas ações”, indica a análise da XTB.
O relatório indica que um dos focos de Donald Trump vai recair sobre o setor tecnológico industrial, “nomeadamente as empresas ligadas ao setor da defesa e da infraestrutura estratégica a nível nacional”, sendo que empresas como Heico, Curtiss-Wright e Howmet Aerospace podem sair beneficiadas pelo regresso de Trump.
“A expansão da frota americana e o desenvolvimento de drones submarinos podem apoiar a atividade da Huntington Ingalls, o principal fornecedor da frota naval americana, que tem enfrentado dificuldades nos últimos tempos. Este é apenas um exemplo de como as empresas
que desempenham um papel crucial na economia americana e na maquinaria industrial mais alargada podem beneficiar da nova administração Trump e crescer nos próximos tempos”.
Também o setor da energia deverá sair beneficiado da administração Trump 2.0, uma vez que o 47º Presidente dos EUA comprometeu-se com um processo de simplificação burocrática, o regresso aos combustíveis fósseis tradicionais e o renascimento do setor nuclear. Mesmo com Elon Musk ao seu lado, Trump já declarou por várias vezes que o setor da energia renovável não lhe interessa e isso notou-se quando as ações da família EDP caíram no mercado português após declarações de Trump.
Contudo, os mercados terão de ficar muito atentos às políticas de Donald Trump, que se prepara para assumir a Casa Branca esta segunda-feira. Isto porque, apesar de um bom desempenho do mercado bolsista durante o seu último mandato, várias análises já vieram mostrar que os Democratas conseguem o dobro da rentabilidade que o partido oposto no mercado acionista, embora os Republicanos consigam colocar um brilho diferente nos títulos do Tesouro.
Para já, uma das vantagens de Trump para o mercado acionista tem sido nos criptoativos. A Bitcoin e outras criptomoedas têm superado valores recordes, com especial foco na Bitcoin, e estima-se agora que a sua própria criptomoeda arrecade valores significativos ao dia de hoje e nas próximas semanas.
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