Preocupado. É desta forma que Hugo Santos Ferreira olha para o facto de o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do Governo português não contemplar medidas para a oferta privada na habitação. O vice-presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) abordou o tema esta terça-feira, 23 de fevereiro, durante a apresentação do projeto Lumino que vai nascer em Lisboa.
“2021 será um ano de grandes desafios. O principal será o pós-covid que nos vai trazer um mundo novo, com novas tendências e paradigmas e é a isso que o sector imobiliário tem de estar atento e acompanhar. O segundo é a recuperação económica com o Plano de Recuperação e Resiliência. É com alguma preocupação que não vemos uma medida destinada à colocação de oferta privada de habitação”, afirmou.
O responsável defendeu que a oferta pública é importante e bem-vinda, mas o investimento público tem sempre de servir como indutor ao privado. “O problema da habitação é um problema que terá de resolver-se nas próximas décadas”, frisou.
Para Hugo Santos Ferreira o ano de 2021 ficará marcado por uma nova dinâmica no sector imobiliário que a partir de agora andará a várias velocidades.
“Vemos o mercado da habitação em primeira mão onde os números não indiciam uma quebra, mas pequenas variações parciais ao longo do ano. Os próprios preços refletiram-se em baixa parcialmente nos meses do lockdown. Se olharmos os números homólogos de 2020 ainda vemos um crescimento ao nível dos preços quer em Lisboa e no Porto”, salientou.
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