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PS considera “absolutamente intoleráveis” ameaças racistas dirigidas a deputadas e ativistas

Os socialistas defendem que estas tentativas de intimidação devem ser “rapidamente investigadas” pelas autoridades competentes e que devem ser “aplicadas com determinação” as leis existentes, que já implicam uma investigação de natureza criminal para atos de racismo e a xenofobia.
  • Tiago Petinga/LUSA
14 Agosto 2020, 11h29

O Partido Socialista (PS) considera “absolutamente intoleráveis” as ameaças dirigidas a três deputadas da Assembleia da República e a sete ativistas. Os socialistas defendem que estas tentativas de intimidação devem ser “rapidamente investigadas” pelas autoridades competentes e que devem ser “aplicadas com determinação” as leis existentes, que já implicam uma investigação de natureza criminal para atos de racismo e a xenofobia.

“Este tipo de acontecimentos são intoleráveis na sociedade portuguesa. Nós já temos um quadro legislativo exigente e robusto e este tipo de situações deve ser rapidamente investigada pelas autoridades competentes”, afirmou a vice-presidente do grupo parlamentar do PS Constança Urbano de Sousa à Lusa, em reação à notícia de que a Polícia Judiciária (PJ) está a investigar as ameaças dirigidas a três deputadas e sete ativistas.

As ameaças foram enviadas por email à associação antirracista SOS Racismo, pela denominada “Nova Ordem de Avis – Resistência Nacional”, com ameaças dirigidas às duas deputadas do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua e Beatriz Gomes Dias, e à deputada não inscrita Joacine Katar Moreira (ex-Livre). No mesmo email são ainda dirigidas ameaças a Mamadou Ba, dirigente da associação SOS Racismo, e outros seis membros da associação.

No email, estas deputadas e ativistas são incentivados a abandonar as suas funções políticas e associativas e a deixar o país em 48 horas, sob pena de serem tomadas medidas “contra estes dirigentes e os seus familiares”.

Constança Urbano de Sousa salientou que “é inadmissível ameaças deste ou de outro tipo, contra deputados, instituições ou mesmo qualquer pessoa, com o intuito intimidatório ou outro qualquer”, e que estas tentativas de intimidação “têm mesmo que ser investigadas, com toda a celeridade, pelas autoridades competentes, nomeadamente policiais e judiciárias”.

A vice-presidente da bancada do PS recordou que “ainda recentemente, sob proposta do PS, o Parlamento aprovou uma resolução que recomenda uma série de medidas de políticas públicas para combater o racismo e a xenofobia na sociedade portuguesa” e que “agora este tipo de situação já implica uma investigação de natureza criminal”.

Para Constança Urbano de Sousa, para dar resposta a estas ameaças “não basta atirar leis para cima dos problemas”, até porque “o quadro legislativo vigente é bastante exigente”. “E, por isso, as autoridades competentes têm que os investigar com celeridade, eficácia, de forma a também ter aqui uma atitude preventiva porque são situações que não se podem tolerar”, sublinhou.

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