A bolsa portuguesa abriu sessão esta terça-feira a negociar no vermelho, com 14 cotadas a cair e quatro inalteráveis. Após o mini-break da Páscoa, o principal índice bolsista nacional, o PSI 20, tomba 0,53%, para 5.376,68 pontos, acompanhando a tendência das principais praças europeias.
De acordo com o diário da bolsa do BPI, a abertura da bolsa de Lisboa em queda não é uma surpresa. “O PSI20 deverá abrir em baixa, penalizado pela deterioração da envolvente externa. A pressão vendedora deverá ser, numa fase inicial, transversal a quase todos osmembros do PSI20, podendo, contudo, algumas small caps constituir uma exceção a este comportamento”, pode ler-se no documento do banco liderado por Pablo Forero.
A Galp (-0,69%, para 15,2000 euros), a Jerónimo Martins (-0,47%, para 14,7350 euros), a Mota- Engil (-1,53%, para 3,2200 euros), a NOS (-0,63%, para 4,7600 euros) e o BCP (-0,81%, para 0,2698 euros) foram as cotadas a abrir com as maiores desvalorizações.
As cotadas EDP Renováveis, F. Ramada, REN e Semapa iniciaram sessão inalteradas.
Nas praças europeias, alemão DAX afunda 0,82%, o francês CAC 40 desvaloriza 0,53%, o britânico FTSE 100 tomba 0,79% e o italiano FTSE MIB recua 0,29%, o espanhol IBEX 35 cai 0,56%, e o holandês AEX desvaloriza 0,63%.
No mercado petrolífero, o Brent soma 0,43% para os 67,93 dólares por barril e o crude WTI avança 0,35% para os 63,23 dólares.
No mercado cambial, o euro valoriza 0,24% face ao dólar, para 1,2332 dólares.
Tensões entre os Estados Unidos e China marcam os mercados
Segundo a agência Associeted Press (AP), esta terça-feira é marcada pela reação dos investidores às crescentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. A tensão comercial entre os dois paises agravou-se, depois de Pequim ter anunciado na segunda-feira novas tarifas sobre produtos agrícolas. Tratou-se de uma retaliação contra as taxas na importação de aço e alumínio, aplicadas pela administração de Donald Trump.
Depois de um mês de negociações públicas entre os Estados Unidos e vários outros países, a China foi o primeiro estado a colocar tarifas sobre produtos dos EUA em retaliação contra as recentes sanções comerciais do governo Trump.
Como consequência, os mercados da China, Japão e Coreia do Sul caíram na terça-feira e o iene subiu em relação ao dólar. A bolsa de Xangai abriu com uma queda de 1,05%, o índice Nikkei, de Tóquio, caiu 1,28%, e o indicador Kospi, de Seul, desceu 0,21%.
Na segunda-feira, também a bolsa de Wall Street fechou em forte recuo, com o receio do agravar das tensões comerciais internacionais e com os investidores a provocarem a queda de alguns valores simbólicos da tecnologia, como a Amazon, a Intel e a Tyson.
A Amazon, empresa transnacional de comércio eletrónico, afundou no último fim de semana, enquanto o Facebook entrou em colapso com o “crescente escândalo” de privacidade que continua a pesar nas ações da empresa.
A iminente ameaça de uma regulamentação mais rigorosa no setor de tecnologia na Europa e nos EUA levou os investidores a retirar dinheiro de empresas como a Netflix, a Microsoft e a Alphabet, empresa-mãe do Google.
[Dados das 8h06]
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