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PSI-20 fecha em alta com a ajuda do BCP que valorizou mais de 3%

O BCP foi a estrela da sessão ao subir mais de 3%. Mas a queda da EDP, depois das notícias de que a própria empresa deverá ser constituída arguida no processo de rendas excessivas, travou a subida do PSI-20 que fechou em alta, mas abaixo das principais praças da Europa.
13 Julho 2020, 17h36

O PSI-20 fechou a subir +0,18% para 4.472,83 pontos ajudado pela subida de +3,14% do BCP para 0,1084 euros. Nas subidas destacou-se também a Jerónimo Martins com um ganho de 1,25% para 15,42 euros. Já a Sonae subiu 1,48% para 0,6535 euros.

A travar a subida do índice, que fechou abaixo das subidas das congéneres europeias, esteve a EDP que perdeu -2,65% para 4,42 euros. A notícia de que o Ministério Público se prepara para constituir arguida a própria EDP, no caso das rendas excessivas, ditou uma queda de 2% nas ações da elétrica. Por sua vez a EDPR caiu 0,29% para 13,70 euros.

A Galp subiu 0,43% para 10,70 euros num dia em que anunciou que as vendas de produtos petrolíferos caíram 45% no segundo trimestre do ano em relação ao período homólogo, de acordo com um comunicado da empresa enviado à CMVM.

Otimismo marcou sessão europeia, Tesla soma e segue em Wall Street

O analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro destaca que as praças europeias encerraram em alta a última sessão antes do arranque da earnings season oficial nos EUA, relativa às contas do 2.ºtrimestre, com difusão de resultados da Banca agendados para amanhã.
A maioria dos principais índices encerrou a ganhar mais de 1%.

“O PSI20 esteve mais fraco, condicionado pela queda da EDP perante notas de imprensa de que a própria empresa deverá ser constituída arguida no processo de rendas excessivas”, refere Ramiro Loureiro, analista do BCP.

O EuroStoxx 50 sobe 1,63% para 3.350 pontos; o FTSE de Londres ganha 1,33% para 6.176,2 pontos; o CAC avançou 1,66% para 3.898,7 pontos; o DAX valorizou 1,32% para 12.799,9 pontos; o FTSE MIB de Milão fecha com ganhos de 1,19% para 20.003 pontos e o IBEX subiu 1,45% para 7.426,9 pontos.

Já a Holanda vê o índice subir 1,46%.

“Apesar dos EUA terem registado na passada sexta-feira um número recorde de infetados diários (acima dos 70mil) e de notas de que a Catalunha decidiu impor um lock down parcial em virtude da evolução da pandemia, o sentimento tem sido de otimismo, sinal de que os investidores depositam esperanças de que a vacina para o combate ao vírus possa chegar mais breve que o inicialmente previsto, depois da Pfizer Inc. e da BioNTech terem recebido permissão regulatória em solo norte-americano para acelerar dois candidatos a vacinas”, detalha o analista do BCP.

À hora de fecho da Europa o otimismo sentia-se também em Wall Street, onde a Tesla continua em destaque, ao avançar quase 14% para novos máximos de sempre.

O preço do petróleo caiu toda a sessão nos dois lados do Atlântico, na sequência da possibilidade de a OPEP+ vir a aliviar o corte na produção de petróleo acordado em abril, já a partir de agosto.

O Brent em Londres inverteu a queda e regista uma subida de 0,05% para 43,26 dólares .

O petróleo volta a estar sob pressão nos mercados internacionais, numa altura em que um grupo de países produtores de petróleo, incluindo a Arábia Saudita, tentam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados aumentem a produção de matéria-prima a partir de agosto.

Isto após ter sido revelada, no fim de semana, a possibilidade de o grupo OPEP+ — que incluindo países aliados liderados pela Rússia — vir a aliviar o atual corte na produção, dos 9,2 milhões de barris por dia acordados em abril, para um corte de apenas 7,7 milhões de barris diários, ou seja, mais dois milhões de barris que poderão ser produzidos pelo grupo.

Segundo o The Wall Street Journal, os países da OPEP e os aliados vão voltar à mesa das negociações esta quarta-feira, onde deverá ser analisado um aumento na produção de petróleo e a evolução da procura. Depois de o confinamento ter levado a uma queda significativa no consumo de produtos petrolíferos, este está agora a recuperar.

O euro sobe 0,56% para 1,1363 dólares.

A dívida pública alemã a 10 anos está a subir +5,06 pontos base para -0,42%. A dívida portuguesa também agrava nos mercados secundários +3,17 pontos base para 0,45%. Igual subida (+2,96 pontos base) tem a dívida espanhola com a yield a agravar para os 0,44%.

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