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PSI-20: Só 8 em 18 cotadas tiveram uma variação mensal positiva em setembro

A Maxyield destaca ainda que a análise gráfica, indica que o PSI-20, no mês de setembro, ultrapassou ligeiramente a zona de resistência entre 5.300 pontos e os 5.450 pontos, cujos limites correspondem aos máximos de janeiro de 2021 e pico pré-pandémico.
4 Outubro 2021, 15h25

A Maxyield fez uma análise ao comportamento do PSI-20 em setembro, altura em que o índice atingiu o valor de 5.460,8 pontos representando um crescimento mensal de 0,8%, e prolongando assim a robusta trajetória positiva iniciada no mês de agosto.

“Como é sabido, o mês de agosto inverteu de forma significativa a tendência negativa dos meses de junho e julho. A banda de variação mensal oscila entre 22 % do BCP e -5,1% da Altri, conforme nos mostra a evolução das cotações das sociedades cotadas”, diz a associação de pequenos acionistas liderada por Carlos Rodrigues.

O crescimento do PSI-20 no mês de setembro, esteve em contraciclo com a quebra mensal dos índices internacionais de referência, que baixaram -3,3% na europa (Stoxx 600) e -4,8% nos EUA (S&P 500). Destaque ainda para o facto de o índice de Madrid (o IBEX 35) ter registado uma ligeira quebra em setembro, não acompanhando Lisboa no comportamento mensal.

No entanto, “o comportamento do índice bolsista português ao longo do mês, apresenta uma evolução errática e com elevada volatilidade, terminando com um significativo crescimento na fase final, com o perfil da figura seguinte”, refere a associação.

Apenas oito empresas das 18 sociedades do universo empresarial PSI-20 tiveram uma variação mensal positiva, sendo o BCP (22%), a Galp (13%), a Ramada (3,1%), a REN (2,8%) e a Novabase (2,4%) aquelas que mais se distinguiram na banda do crescimento das cotações.

As maiores descidas mensais foram a Altri (-5,1%), a EDP Renováveis (-4,9%), a J.Martins (-4,1%%), a Navigator (- 3,7%) a Pharol (-3,7%) e a EDP (-2,6%).

A Maxyield diz ainda que apesar do elevado peso no PSI-20 da EDP e EDP Renováveis, a sua evolução negativa foi compensada pelo forte crescimento do BCP e Galp, que foram determinantes no contributo para o crescimento mensal do índice bolsista.

“O mês de setembro garante sustentabilidade ao robusto crescimento mensal do PSI-20 em agosto”, e o índice “consolida a posição acima do valor pré-pandémico”, são algumas das conclusões da Maxyield que defende que o PSI -20 tem o limiar duma nova zona de resistência entre 5.450 pontos e os 5.750 pontos.

“A análise numérica, indica-nos que o PSI-20 no mês de setembro, ultrapassou a cotação observada antes do crash bolsista de fevereiro de 2019, acompanhando com atraso a recuperação bolsista a nível internacional”, refere a associação de pequenos acionistas.

A Maxyield destaca ainda que a análise gráfica, indica que o PSI-20, no mês de setembro, ultrapassou ligeiramente a zona de resistência entre 5.300 pontos e os 5.450 pontos, cujos limites correspondem aos máximos de janeiro  de 2021 e pico pré-pandémico.

Evolução mensal dá um crescimento de 11,5%

O crescimento anual do PSI-20 é de +11,5 % superando fortemente o crescimento acumulado de +2,6% que se verificava no final de julho.

No final setembro de verifica-se que 15 títulos do PSI20 apresentavam uma variação anual positiva, sendo o top five deste ranking constituído pelos CTT (97,9%), Novabase (46,7%), Sonae SGPS (37,4%), Semapa (30%), e BCP (29,9%).

Em sentido oposto, a Pharol (-26,3%), a EDP (-12,1%) e a EDP Renováveis (-6,1%) são as 3 sociedades cotadas que apresentam diminuição anual de valor no final do mês de setembro.

Ao longo do primeiro trimestre, o PSI-20 sofreu uma evolução sustentável decrescente de forma volátil e errática, tendo invertido este comportamento no final do mês de março.

“Os meses de abril e maio, foram caraterizados por uma clara tendência de crescimento ligeiro, a qual sofreu uma inversão nos meses de junho e julho. O mês de agosto apresenta um vigoroso crescimento mensal, que beneficiou de sustentabilidade, proporcionada pela moderada evolução do mês de setembro”, diz a Maxyield.

O crescimento anual do índice S&P 500 composto pelas maiores 500 sociedades cotadas na NYSE foi de 15,4%, enquanto que o Stoxx 600 que agrega as 600 maiores sociedades cotadas europeias foi de 14%, os quais sofreram uma forte diminuição no mês de setembro.

Ao contrário do PSI-20, o IBEX ainda não recuperou do valor pré-pandémico, diz a Maxyield. “Em Espanha é de salientar a continuação do bom comportamento do setor bancário, evolução assinalável dos serviços e imobiliário, acompanhados por um persistente desempenho negativo do setor energético”, dizem.

O que perspetiva a Maxyield para o PSI-20?

O PSI-20 encontra-se no limiar da zona de resistência [5.450 – 5.750 pontos], “cujo limite mínimo é o pico anterior o crash de 2020 e o limite máximo o pico anterior ao crash de 2018. Esta nova situação potencia a aproximação ao valor máximo verificado nos últimos cinco anos”, dizem.

Os fatores específicos que vão condicionar a evolução do mercado são a evolução do processo de vacinação, o ritmo de reabertura das economias, e a recuperação do consumo privado e procura global.

Já os fatores gerais que afetam o outlook são a “inexistência de sinais de redução dos estímulos económicos no espaço europeu, a redução dos estímulos monetários nos EUA, as pressões inflacionistas e a evolução do preço do petróleo”.

Estes fatores gerais e específicos, ajudam a explicar a queda mais acentuada dos índices norte-americanos no mês de setembro, relativamente aos mercados europeus, conclui a Maxyield.

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