Pedro Xavier é fundador e CEO da Triple A – Capital & Finance. Ao lançar a empresa, apostou na construção de relações fortes com os clientes, abraçando os seus desafios e oferecendo um serviço taylor-made, geralmente pouco acessºiovel a empresa médias epequenas. Passaram 12 anos e alguns clientes ainda são os mesmos. Nesta entrevista Pedro revela como tudo foi possível.
O que levou à criação da Triple A?
Primeiro, foi um desejo empreendedor de criar vários negócios. Depois, vendo reunidas as melhores condições de experiência profissional e com uma rede de contatos bem constituída, decidi, em 2012, convidar três sócios. Estávamos em plena crise financeira e fomos considerados aventureiros mas sabíamos que as boutiques financeiras já tinham destaque em praças como Nova Iorque ou Londres e, ao acompanhar esses mercados, percebemos que havia um nicho interessante para abordar. A nossa experiência junto de PME confirmava essa necessidade do mercado e lançámos a Triple A.
Qual é a proposta de valor?
Apostamos num conceito absolutamente dedicado e focado no cliente, oferecendo um serviço em assessoria em M&A e financing advisory ao estilo de family office que, classicamente, as empresas de menor dimensão não têm a oportunidade de usufruir.
A nossa proposta de valor reside em investir seriamente na componente relacional e na rede de contatos. A relação e a profunda dedicação são o topo das nossas prioridades, e tem conduzido à alta fidelização de muitos clientes, que retornam ou nos recomendam com confiança, pois também não descuramos da máxima competência técnica para criar valor de forma sustentável.
Oferecemos um serviço ao estilo de family office que, classicamente, as empresas de menor dimensão não têm a oportunidade de usufruir
Quais os principais desafios de uma boutique financeira no mercado português?
Um dos primeiros desafios é acabar com a ideia errada que as consultoras de menor dimensão se auto denominam boutiques, o que nada tem que ver com a realidade. Não é por acaso que o conceito só funciona com determinados pressupostos, tal como os family offices.
Outro desafio, bem mais relevante, passa por aumentar a percepção de que Portugal compete lado a lado com a oferta internacional. É frequente ver alguns deals nacionais a serem acompanhados por advisors internacionais, o que não faz sentido. Existem soluções eficazes em Portugal e não é necessário procurá-las lá fora.
Que vantagens em relação a uma das Big4?
O nosso grau de especialização é uma vantagem em relação às Big4, queapresentam uma gama de serviços alargada enquanto nós nos focamos, só e apenas, em M&A Advisory e Financing Advisory.
Mas o nosso caso está mais próximo da banca de investimento que, embora também possa ter um foco elevado em M&A e Funding, tem um posicionamento de upper-middle and large caps, e atua em outros serviços alargados, enquanto nós estamos apenas no mercado privado. O nosso laser-focused expertise é mais acentuado. Ao construir uma relação muito estreita e de longo prazo, nós dotamos as empresas de um assessor privado, dedicado e, acima de tudo, taylor-made. O nosso primeiro cliente, por exemplo, mantém-se ativo desde o início, há 12 anos. Já o assessorámos em quatro projetos de investimento e esperamos continuar a acompanhar os seus negócios por muito mais tempo.
É preciso aumentar a percepção de que Portugal compete lado a lado com a oferta internacional.
Quais as perspectivas desta área para o próximo ano?
Eu vejo reunidos alguns pontos fundamentais. As operações de M&A precisam de estabilidade e, caso não haja mais surpresas ou o escalar de conflitos, essa é maior aos dias de hoje. É certo que a inflação, o rally das taxas de juro, as guerras e a incerteza em algumas eleições, foram aspetos destabilizadores. No entanto, nota-se uma inflexão deste ciclo a nível global, com um potencial alivio na regulamentação, o mercado de capitais em crescimento e taxas de juro mais baixas, por isso prevê-se um crescimento global. Em Portugal, se é verdade que tudo chega com algum delay, assistimos a um custo do capital mais baixo, permitindo maior alavancagem dos Fundos de Private Equity (PE) e estratégicos; o spread entre valorizações tem estado a corrigir, a atividade dos PE tem aumentado, havendo mais Exits. Por outro lado, estão a surgir mais opções, como os family offices, e o fenómeno de fundraising internacional, ao nível de private credit. Há razões para algum optimismo.
Este conteúdo patrocinado foi produzido com a colaboração da Triple A – Capital & Finance.
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