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“Quando os negócios mancham a política”: “El País” analisa caso Montenegro

Naquilo que o “El País” define como “uma frequente e perigosa contaminação entre política e negócios que se repetiu” na trajetória de Luís Montenegro, o diário recorda as polémicas em torno do chefe de Governo.
17 Março 2025, 13h20

“A emergência política mais transcendental que alguma vez Luís Montenegro enfrentou”: é assim que o espanhol “El País”, diário de referência no país-vizinho, define a missão do primeiro-ministro para as próximas eleições legislativas, socorrendo-se da sua formação como nadador salvador e recorrendo aos testemunhos de alguns politólogos e jornalistas portugueses.

O diário traça um pequeno resumo do seu percurso político (do congresso do PSD ao qual assistiu pela mão dos seus país aos anos da troika em que presidiu ao grupo parlamentar social-democrata durante o Governo de Passos Coelho) mas dá especial ênfase ao percurso profissional de Luís Montenegro como advogado, e da polémica dos ajustes diretos por parte de autarquias lideradas pelo PSD: “a sua primeira dor de cabeça”.

Naquilo que o “El País” define como “uma frequente e perigosa contaminação entre política e negócios que se repetiu” na trajetória de Luís Montenegro, o diário foca outras polémicas em torno do chefe de Governo: da construção da casa de 830 metros quadrados em Espinho, às aquisições a pronto de dois apartamentos em Lisboa passando pela estada num hotel de cinco estrelas com uma diária de 250 euros por noite.

Por fim, a Spinumviva e “de novo, a sua atividade privada encurralou-o por ter mantido a empresa mesmo enquanto desempenhou a função de primeiro-ministro e por dar explicações insuficientes”. O jornal conta como a oposição foi pedindo mais explicações sobretudo quando se soube que “um primeiro-ministro em funções estava a receber pagamentos de empresas, incluindo de uma sociedade cuja concessão de exploração de casinos será renovada este ano pelo Ministério da Economia”.

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