Volodymyr Zelensky, de 41 anos, é um ator que tornou popular um programa de televisão no qual interpreta o papel de um professor de história que acaba por ser eleito presidente depois de insistir num discurso anticorrupção. Resultado: a cinco semanas das eleições presidenciais na Ucrânia (31 de março), Zelensky é o favorito, apesar de não ter nenhuma experiência política real.
Uma sondagem noticiada pela agência Bloomberg sugere que Zelensky tem mais apoio que outros candidatos – incluindo o titular, Petro Poroshenko, e a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko. A sondagem mostra que Zelensky que 17,5% votariam em Zelensky, enquanto as intenções de voto em Poroshenko não vão além dos 13,1%, um pouco acima dos 11,5% arrecadados por Tymoshenko.
Além de ser ator e comediante, Zelensky é advogado e empresário e a sua abordagem à campanha é única: não realiza comícios e vende entradas para shows de comédia nos quais parodia as eleições – e, claro, usa o Facebook e o YouTube para aumentar o impacto.
Se ele for eleito presidente, Zelensky terá que enfrentar as tensões com a Rússia, que anexou a Crimeia em 2014, bem como uma economia decadente e corrupção generalizada, Zelensky disse que quer combater a corrupção e falar diretamente com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a guerra no leste da Ucrânia.
Quando publicamente o questionaram, em dezembro, sobre se se imaginava a negociar com o presidente Donald Trump, Zelensky foi pronto na resposta: “afinal, somos ambos da mesma indústria”.
Depois de anunciar a sua campanha presidencial, Zelensky enfrentou críticas dos partidários de Poroshenko, que o chamaram apelidaram de “palhaço” e o acusaram de desvalorizar a presidência – mas esses parecem ser precisamente os seus melhores trunfos. Outros acusaram-no de ser um fantoche do oligarca Ihor Kolomoisky, ex-governador de Dnipropetrovsk Oblast e um dos homens mais ricos da Ucrânia.
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