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Quase 70% dos portugueses esperam um aumento salarial em 2019

Veja aqui quem são os trabalhadores que vão ganhar mais este ano, segundo relatório “Salary Survey 2019″ da consultora especializada em recrutamento Robert Walters. Por exemplo, um gestor de logística auferirá uma remuneração anual de 45.000 a 60.000 euros anuais.
7 Fevereiro 2019, 07h46

A maior parte dos trabalhadores em Portugal (69%) espera que 2019 seja sinónimo de um aumento salarial. No entanto, se o cenário se repetir, o incentivo não chegará a todas as contas bancárias, pois apenas 44% dos profissionais tiveram uma subida nos ordenados em 2018, de acordo com o relatório “Salary Survey 2019”, elaborado pela consultora especializada em recrutamento Robert Walters.

A empresa britânica, com presença em Portugal, concluiu ainda que 37% dos profissionais em Portugal estão a tentar mudar de emprego, sobretudo por quatro razões: progressão na carreira, remuneração e benefícios, cultura empresarial atrativa e mudança de responsabilidades. Arrumando a secretária para outro posto ou mantendo-se na zona de conforto, os trabalhadores da capital parecem ser os mais otimistas com as oportunidades de emprego, uma vez que, em Lisboa, 82% dos profissionais garantem sentir confiança nas oportunidades de emprego no seu setor.

Os especialistas da Robert Walters não têm dúvidas: as empresas nacionais voltaram, no ano passado, às grandes contratações. Giles Daubeney, deputy CEO da da Robert Walters, considera que, por toda a Europa, o mercado de recrutamento esteve de crescimento em crescimento ao longo de 2018. “A maioria dos mercados registou uma subida nas contratações devido às condições económicas positivas e a confiança dos empregadores”, afirma.

O grupo prevê que a procura global pela tecnologia e pelo digital continuará em 2019 sem sinais de abrandamento, pelo que aconselha os patrões a reestruturarem os planos de recrutamento, a contratar ‘fast learners’ e, além de apresentar tabelas salariais atrativas, “continuarem a investir na aprendizagem e no desenvolvimento”, de forma a conseguir reter talento.

“O investimento empresarial aumentou e, paralelamente, assistimos a um aumento do número de empresas internacionais a começar a abrir em Portugal. Com isso, surgiu uma abundância de oportunidades em todos os setores. A liderar o caminho esteve o setor de Tecnologias da Informação (TI), com os programadores a ser especialmente procurados”, refere o estudo enviado ao Jornal Económico.

Perante uma escassez de candidatos, este segmento de atividade foi impulsionado por trabalhadores temporários e freelancers e ficou marcado pelo acréscimo homólogo nas remunerações – benesse que não foi comum a muitos mais setores. “Em 2019, a lacuna de skills em TI e tecnologia será particularmente evidente e levará, pelo menos, dois anos a equilibrar-se. As empresas devem-se concentrar em melhorar a qualificação dos funcionários que têm na tentativa de o neutralizar”, aponta Marco Laveda, managing director da Robert Walters para o mercado português e espanhol.

A análise mostra também que esta confiança do tecido empresarial português contagiou o imobiliário: “Vimos várias empresas investirem através da compra de edifícios e programas de reabilitação, juntamente com a compra de terrenos e a construção de novos empreendimentos”.

Remunerações anuais em Portugal (2018-2019) 

*em euros

Fonte: Robert Walters

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