Quatro maiores bancos americanos perderam 55 mil milhões de dólares com pânico lançado por Silicon Valley Bank

Os quatro maiores bancos de Wall Street sofreram perdas significativas, no valor de 55 mil milhões de dólares, quando os investidores se assustaram com a turbulência da Silvergate Capital e de Silicon Valley Bank e procederam ao despejo de centenas de ações.

De acordo com o “Business Insider”, a JP Morgan Chase, Bank of America, Wells Fargo e o Morgan Stanley perderam um vasto conjunto de dinheiro da sua capitalização de mercado.

Nos dados recolhidos pela Refinitiv, só o JP Morgan perdeu 22 mil milhões de dólares de valor de mercado, quando as ações do maior banco dos EUA retraíram 5,41% para 130,34 dólares. Já o Bank of America perdeu 16,16 mil milhões de dólares e as ações caíram 6,20% para 30,54 dólares ao fecho do mercado de ontem.

A capitalização da Wells Fargo e da Morgan Stanley caiu 10,3 mil milhões de 6,2 mil milhões de dólares, respetivamente. Ainda que não façam parte da lista, a Goldman Sachs e o Citigroup também apresentaram perdas, encolhendo 2,06% para 342,09 dólares e 4,10% para 48,60 dólares.

No pré-mercado, as cotações dos quatro principais bancos dos Estados Unidos permanecem a queda sentida ontem à noite. O JP Morgan desliza 0,58%, o Bank of America cai 0,56%, o Morgan Stanley perde 0,39% e o Wells Fargo deprecia 0,27%.

Ao dia de ontem, o Silicon Valley Bank encerrou a sessão com uma quebra superior a 60% e uma desvalorização de 80 mil milhões de euros. Vários órgãos de comunicação social dão conta que o banco americano está em risco de falência e a afetar os índices bolsistas mundiais, estando a expandir-se para a Ásia e para a Europa, influenciando o mercado financeiro, além da negociação das criptomoedas. Em causa para estas perdas está a venda de 21 mil milhões de euros em títulos do tesouro norte-americano, algo que fez com que o banco perdesse 1,8 mil milhões de euros.

Só o índice bancário KBW, que acompanha o desempenho das principais ações bancárias, recuou 7,7% na quinta-feira. Este foi o maior declínio registado pelo índice desde junho de 2020.