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Que solução para o problema dos ventos no aeroporto da Madeira?

Respondem Luiz Machado da Universidade da Madeira e Jorge Veiga França, Presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal.
8 Julho 2023, 21h00

Luiz Machado
Universidade da Madeira (UMa)
De momento, comprar o novo equipamento [de medição de vento] e garantir que na adjudicação exista um upgrade do equipamento se sair algum equipamento novo. Não resolve a situação, mas reduz ou mitiga o problema.

Há uma grande diferença entre uma regra que diz que o piloto, independentemente da sua perícia e capacidade, não pode aterrar e a possibilidade de ser o piloto a poder aterrar se achar que existem condições técnicas para isso. E, o piloto, acho que tem responsabilidade e conhecimento para fazer isso, de acordo com o piloto Timóteo Costa, se deixar de haver limites [de vento] e passar a recomendações de que entre 50% e 70% das aterragens que não são feitas [no aeroporto da Madeira] sejam feitas em segurança. Com esse aparelho [de medição de vento], havia uma redução dos voos que acabam por não aterrar no aeroporto. Não resolvíamos o problema mas, de imediato, mitigávamos esta questão.

Jorge Veiga França
Presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal
Face aos constrangimentos inerentes aos frequentes episódios de inoperacionalidade do aeroporto da Madeira, a ACIF-CCIM tem vindo a defender a solução Madeira + 1 (Porto Santo), utilizando-se as infra-estruturas existentes e o transporte marítimo interilhas disponível. A médio/longo prazo, deverá ser considerado o aumento da capacidade aeroportuária e das condições de conforto, em ambas as infra-estruturas, e optimizada a ligação entre os aeroportos, preferencialmente com recurso a um ferry mais veloz, cumprindo já os requisitos relativos à economia azul e à redução da pegada carbónica, nos termos da legislação da União Europeia (UE). Defendemos também que a infra-estrutura portuária do porto do Caniçal deveria sofrer as requeridas alterações para poder permitir ali a acostagem do aludido ferry. Neste pressuposto, no âmbito da concessão existente, sugerimos a revisão do respectivo contrato da Linha Madeira-Porto Santo, passando a prever, por parte da concessionária, o cumprimento de tudo quanto necessário com vista à operacionalização e implementação do plano de contingência no que respeita às viagens a realizar nessas situações. Paralelamente, deverá ser criado um fundo de compensação que suporte, parcialmente, os custos associados à activação das medidas inseridas no plano de contingência.

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