É extraordinário como um nome encerra em si uma miríade de referências. La Dolce Vita Orient Express. As sinapses agitam-se, digladiam-se. Das imagens desse filme inesquecível e provocador que é “La Dolce Vita”, de Fellini, no seu denso preto e branco, que enche o ecrã e nos assombra, passamos em nanossegundos para o local de um crime magistralmente tecido por Agatha Christie, antes de nos adentrarmos pela estação de comboios de Istambul, ávidos de aventuras.
Pausa. Inspire lenta e profundamente, antes de prosseguir. Agora, prepare-se para a novidade. O mítico Expresso do Oriente renasceu esta primavera em grande estilo e numa nova versão: uma viagem de luxo por Itália que combina paisagens deslumbrantes, alta gastronomia e design sofisticado. “É uma ode à sedução italiana. Uma celebração do glamour, da alegria de viver e do fervor artístico dos anos 1960”, lê-se no site oficial.
O sonho de um belga…
Colocar o Expresso do Oriente, um dos comboios mais luxuosos do mundo, na sua rota exigiu uma resiliência considerável. Por várias vezes, o ambicioso projeto de Georges Nagelmackers esteve à beira do fracasso, visto o empresário belga enfrentar a falência iminente da sua empresa de carruagens-cama, a Compagnie International des Wagons-Lits. Mas nada o demoveu do seu objetivo: ligar as capitais europeias através de uma rede de comboios noturnos.
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