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Queda da inflação dá força à expetativa que BCE implemente estímulos já em setembro

Inflação na zona euro fixou-se em 1% em julho, caindo para mínimos de 2016. Inflação abaixo do expectável, levam a que as medidas de ‘Quantitative Easing’ possam mesmo avançar já em setembro, antecipa analista.
20 Agosto 2019, 07h50

A expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) adopte estímulos económicos já na próxima reunião do Conselho de Governadores ganhou ainda mais força nos mercados financeiros, com a inflação da zona euro a fixar-se em 1% em julho, muito aquém da meta do BCE.

“A inflação mais fraca do que o estimado na zona euro dá força à probabilidade do BCE implementar estímulos económicos já em setembro. Com o abrandamento da economia e a inflação revista em baixa, Mario Draghi terá argumentos para avançar com estímulos adicionais à economia europeia”, destaca Nuno Caetano, analista da corretora Infinox.

O analista considera que além das tensões comerciais e do Brexit, a desaceleração económica e uma inflação abaixo do expectável, “levam a que as medidas de Quantitative Easing possam mesmo avançar já em setembro”.

A taxa de inflação anual na zona euro caiu 0,3 pontos percentuais (p.p.) em julho face ao mês anterior, caindo para mínimos de 2016, segundo dados divulgados pelo Eurostat esta terça-feira. Em novembro desse ano, fixou-se em 0,6%, subindo para 1,1% em dezembro. “Esta descida da inflação na zona euro poderá levar o BCE a não subir as taxas de juro tão cedo”, acrescenta Nuno Caetano.

A taxa de inflação anual da UE28 situou-se em 1,4% em julho de 2019, diminuindo 0,2 p.p. face ao valor de junho. Já a variação mensal foi de -0,5% e -0,3% na zona euro e na UE28. Entre os países da zona euro, Portugal foi o país com a taxa mais baixa e o único a registar uma inflação anual negativa em julho, registando -0,7%.

“A inflação [na zona euro] continua a fixar-se abaixo da meta do BCE. Já em março o BCE tinha revisto em baixa as projecções da inflação para 2019, reflectindo as perspectivas mais fracas em relação ao crescimento económico”, destaca Nuno Caetano.

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