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Queda de receitas do turismo pode ter impacto negativo de 5,3% no PIB, estima BIG

Os analistas do BIG calculam que o impacto negativo do turismo será de 1,4% até ao final do segundo trimestre deste ano e de 4,1% até ao final do terceiro trimestre. 
  • Cristina Bernardo
31 Março 2020, 11h50

A queda de receitas do turismo pode provocar uma redução de 5,3% do PIB até ao final do primeiro trimestre de 2021, segundo uma estimativa do BIG – Banco de Investimento Global.

No “Outlook do segundo trimestre de 2020”, os analistas João Calado, Francisco Cavaco e Francisco Fonseca calculam que o impacto negativo do turismo será de 1,4% até ao final do segundo trimestre deste ano e de 4,1% até ao final do terceiro trimestre.

“Note-se que o setor do turismo vai ser bastante afetado pela quarentena, tanto a nível nacional, mas principalmente a nível internacional. Nós prevemos que este ano toda a atividade turística vai ser afetada até ao final do verão”, salientam, justificando que “mesmo que os países retomem à normalidade, continuarão a existir restrições nos voos internacionais de forma a evitar novos surtos”.

Na base da simulação que os leva a sustentar que a perda das receitas do turismo “é suficiente para colocar o país em recessão”, os analistas do BIG assumiram a mesma distribuição de 2019 de receitas do turismo ao longo do ano: 2031 mil milhões de euros no primeiro trimestre, 3073 mil milhões no segundo trimestre, 5599 mil milhões no terceiro trimestre e 2428 mil milhões no quarto trimestre.

“Assumindo tudo o resto constante, o impacto do turismo é suficiente para abrandar de forma significativa a economia portuguesa”, referem, destacando os efeitos positivos do ‘boom’ turístico na economia.

“Não só tem aumentado o número de turistas como a receita média dos mesmos, em 2013, um turista despendia em média cerca de 565 euros, em 2018, cada turista despendeu em média 763 euros, num aumento notável da rentabilidade gerada por cada pessoa que visita Portugal. Em 2019 o crescimento do saldo do turismo representou 11% do crescimento económico”, assinalam.

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