O que é que a Liga tem feito na área da Internacionalização do Futebol Profissional? O que pode fazer e em que consiste?

Considerando que cada promoção, ação ou iniciativa que faz no estrangeiro beneficiam diretamente a imagem da marca da Liga e das suas competições, dos direitos dos emblemas dos clubes e do valor dos direitos audiovisuais, é lateral o incentivo para a Liga Portugal em desenvolver a promoção do Futebol Profissional no estrangeiro. O custo/benefício é baixo, mas, ainda assim, é uma linha de ação obrigatória para potencializar o Futebol Profissional.

É urgente que a Liga Portugal possa assumir o seu papel de promotora internacional do sector, cumprindo o seu desígnio de ancorar a política de internacionalização global à volta das marcas das competições. No entanto, como imaginam, e numa instituição em crescimento, temo-nos deparado com alguns obstáculos para desenvolver o que já traçámos como uma estratégia concertada e global para esta área.

Sem apoios governamentais, e sem reconhecimento para integrar um plano elegível do COMPETE, a Liga Portugal implementou uma estratégia para poder assumir-se como consultora de outras Ligas e Federações, como são os casos de Angola, Moçambique, China e Arábia Saudita.

Na natureza desta Direção, a palavra desistir não faz parte do dicionário e, por isso, não parámos e temos feito o que é possível – seguindo a máxima, que quem não tem cão caça com gato. Assim, a Liga tem desenvolvido uma estratégia de marketing digital, focada na promoção, apostando na divulgação de conteúdo exclusivo em mercados chave pré-definidos em diferentes latitudes.

A estratégia passa também pelo desenvolvimento de parcerias com diversas plataformas na Europa e no mundo, tendo como pontos de priorização geográfica aspetos como a presença de comunidades portugueses, assim como a exploração de países/mercados, que têm jogadores atualmente a competir por cá e, consequentemente, despertam a atenção natural do futebol nacional. O mais recente exemplo é a parceria anunciada para o mercado do Japão, usando a notoriedade dos oito atletas que jogam neste momento no nosso país.

Este trabalho de preparação e implementação terá melhores resultados conforme a capacidade de evolução do nosso produto – o futebol profissional português.

Para nos afirmarmos com um produto apetecível, que crie curiosidade e desperte emoções, temos a obrigação de ter por ambição posicionarmos o futebol nacional além-fronteiras, com o crescimento qualitativo do produto, quer no tempo útil de jogo, quer na competitividade, quer na capacidade de equilibrar a importação com a exportação de Talento.

E para que serve tudo isto? Para nos posicionarmos já no futuro, pois a Liga Portugal acredita que devemos ser os agregadores e motores da internacionalização do Futebol Profissional além-fronteiras. Política esta que será facilitada através da nova lei da centralização dos direitos audiovisuais do Futebol Profissional.

Desta forma, temos urgência em começar já a posicionar a marca da Liga Portugal e das suas Competições, lutando contra gigantes como LaLiga e Premier League para, quando chegar a hora de nos vendermos lá fora, ser possível obter os seus verdadeiros valores.