Produzido desde 2011, o Quinta do Monte Xisto 2015 deve ser entendido como um bem precioso, uma raridade que deve ser estimada com parcimónia, até porque a produção resultou em apenas seis mil garrafas.
É mais um vinho complexo, com intensidade de fruto e frescura, a revelar a personalidade forte do Douro Superior. Neste caso, de Vila Nova de Foz Côa, onde residem as suas origens e raízes.
“Quinta do Monte Xisto 2015 reflete a filosofia do produtor e da sua família, constituída por enólogos de reconhecida experiência e técnica. Um projeto familiar onde se conjugam as perspetivas e os conhecimentos de duas gerações de enólogos”, assegura um comunicado de divulgação do vinho de João Nicolau de Almeida.
O mesmo documento acrescenta que estamos perante um blend destinado aos paladares mais exigentes. E também às bolsas mais desafogadas, porque, por exemplo, o preço de venda recomendado em carta de vinho na restauração é de 65 euros por garrafa.
O produtor defende que o Quinta de Monte Xisto 2015 tem um elevado potencial de envelhecimento, que poderá fazer perdurar a sua longevidade até 2050.
A nota de prova do produtor João Nicolau de Almeida compara este vinho a um piano, em que as diferentes notas correspondem aos diversos sabores do vinho.
“Na encosta virada a Norte extraímos os sons mais agudos: a acidez, a frescura, a ‘finesse’, a alegria, a juventude. Na outra encosta, virada a Sul, são extraídos os sons mais graves: o volume, o corpo, a estrutura, potência, intensidade de fruto. Aos tons agudos da mão esquerda e aos graves da mão direita são adicionados as notas intermédias, os sustenidos, os bemóis, equivalentes às diferentes altitudes a Norte e a Sul que em pequenas quantidades vão imprimir ao vinho complexidade, sensualidade e uma multiplicidade de agradáveis surpresas. O final é forte, solto e expressivamente amigável. O ‘ouvinte’ regala-se com a sinfonia 2015 da Quinta do Monte Xisto!”, explica a referida nota de prova de João Nicolau de Almeida.
Como se chegou a este gran finale harmónico em forma de vinho? As uvas foram vindimadas manualmente e transportadas para a adega em caixas de 20 quilos. Depois, foram vinificadas em lagares com pisa a pé. Na fase seguinte, a fermentação desenvolveu-se ao longo de seis dias no lagar com leveduras indígenas. Ocorreu depois um estágio de 18 meses em pipas de 600 litros em barricas novas e velhas de carvalho francês e austríaco. O resultado é superior e virtuoso, como deve ser a combinação entre um piano afinado e um pianista talentoso, a que se exigem bis para posteriores espetáculos.
A qualidade deste ‘vinho-piano’ já foi reconhecida pela Wine Advocate, revista da responsabilidade do conceituado crítico de vinhos Robert Parker, que lhe atribuiu 95 pontos na escala de 100 possíveis. Aliás, é uma tradição consolidada: todas as colheitas de Quinta do Monte Xisto, desde 2011, ano de lançamento deste vinho, foram pontuadas pela Wine Advocate acima dos 90 pontos, demonstrando a sua continuada excelência.
A Quinta do Monte Xisto, com 10 hectares de vinha própria, assume-se como um produtor biológico e biodinâmico, “com uma clara missão de manter a biodiversidade do ‘terroir’, tanto da vinha como da região onde se insere”.
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