O rácio de crédito malparado no crédito total recuou para 2,9% em setembro, contra 3,1% em junho, segundo dados do Banco de Portugal (BdP) sobre o sistema bancário português relativos ao terceiro trimestre.
De acordo com o regulador e supervisor bancário, numa análise trimestral ao setor bancário, a diminuição do rácio na banca que opera em Portugal deveu-se à queda do crédito malparado (créditos de difícil cobrança) em cerca de 6,6%.
Por sua vez, o rácio de crédito malparado líquido de imparidades fixou-se em 1,3% em setembro, mantendo-se face a junho.
O rácio de crédito malparado bruto de empresas recuou 0,4 pontos percentuais para 5,9% e o dos particulares baixou 0,1 pontos percentuais, para 2,3%, mantendo-se em 1,2% na habitação e reduzindo-se para 6,4% (-0,7 pontos percentuais no consumo e outros fins.
Sobre o rácio de cobertura do malparado por imparidades, este recuou 0,4 pontos para 56,3%, “refletindo uma redução das imparidades acumuladas superior à redução” do crédito malparado.
Nos primeiros três trimestres de 2023, a rendibilidade do ativo (ROA) e a rendibilidade do capital próprio (ROE) aumentaram, em termos homólogos, 0,6 e 6,3 pontos, para 1,25% e 14,6%, respetivamente.
“A melhoria da rendibilidade alicerçou-se na subida expressiva da margem financeira (contributo de +1,10 pontos percentuais para o ROA), parcialmente compensada pelo aumento dos custos operacionais e das provisões e imparidades (contributo de -0,32 pontos percentuais e -0,11 pontos percentuais, respetivamente)”, explica o regulador no documento.
No que à solidez bancária diz respeito, no terceiro trimestre os rácios de fundos próprios totais e de fundos próprios principais de nível 1 (CET 1) “mantiveram-se relativamente estáveis em 18,9% e 16,4%, respetivamente”.
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