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Raize vê prejuízos aumentarem para mais de 78 mil euros

A fintech portuguesa contabiliza 43,3 milhões investidos na economia portuguesa, mais 25% do que no ano anterior, e mais de 2 mil operações de financiamento.
  • Cristina Bernardo
16 Março 2021, 23h58

A fintech Raize teve prejuízos de 78.055,46 euros no ano passado, um valor que supera as perdas de 7.872,36 euros registadas no final de 2019. Apesar do resultado líquido negativo, a plataforma portuguesa de financiamento gerou comissões e juros no valor de 1,6 milhões de euros, o que representa uma subida homóloga de 8%.

Na opinião de José Maria Rego e Afonso Fuzeta Eça, este resultado evidencia a robustez de negócio do grupo, mesmo em períodos de maior volatilidade e incerteza.

“Em termos de rentabilidade, os empréstimos em curso tiveram uma evolução positiva em 2020 (apesar do choque pandémico), o que somando à rentabilidade dos anos passados, confere aos investidores da Raize um total de 44% de rentabilidade acumulada após perdas, o que corresponde a um retorno após perdas de 6% ao ano”, apontam os administradores.

Segundo o relatório e contas divulgado esta terça-feira, os resultados antes de depreciações, amortizações e impostos foi de 23.859,75 euros negativos, quando no ano anterior havia sido de 66.437,22 euros positivos.

A empresa adianta que ao todo foram investidos através da Raize mais de 43 milhões de euros em micro e pequenas empresas (PME) portuguesas, o que representa um aumento de 25% em relação ao final de 2019. No total, contabilizaram-se cerca de 2 mil operações de financiamento.

Perante o resultado operacional negativo (-24 mil euros), a entidade financeira argumenta que se deve ao impacto da pandemia no negócio de crédito a empresas, “que interrompeu de forma temporária o crescimento mais acelerado desta unidade de negócio durante os meses de março, abril e junho”.

O produto bancário foi de 545.166,99 euros, enquanto a margem financeira se fixou em 2.722,36 euros negativos.

“A estratégia de longo-prazo da Raize mantem-se inalterada, consistindo na promoção de forma sustentável do crescimento das receitas, o alargamento da base de clientes da empresa e a manutenção de uma estrutura de custos racional e que possibilite o investimento contínuo e estratégico na atividade”, garante a fintech que chegou à bolsa de Lisboa em 2018.

O ano de 2020 marcou a conclusão – com sucesso – da operação de aquisição pública e voluntária (OPA) lançada pela Flexdeal sobre 19% do capital social da Raize. No documento enviado à CMVM, o conselho de administração reiterou que reconhece “a importância de promover uma base acionista alargada e diversificada, que permita à Raize aceder a capital para apoiar o crescimento da sociedade, e reforçar o financiamento junto das PME nacionais”.

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