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Reabertura da economia levou à criação de mais de 2 mil novas empresas em junho

Os transportes, serviços gerais e atividades imobiliárias foram os setores que mais sofreram com a pandemia da Covid-19 na criação de novas empresas. No mês passado encerraram 881 empresas, um valor semelhante ao do mês anterior mas inferior ao período homólogo.
8 Julho 2020, 12h21

O mês de junho marcou a reabertura da economia portuguesa, pelo que nasceram 2.581 novas empresas, refere o barómetro  da consultora Informa D&B, divulgado esta quarta-feira, começando, assim, a aproximar-se da tendência que se verificava no pré-Covid.

Com quebras muito acentuadas na criação de novas empresas em março e abril, durante o Estado de Emergência, o nascimento de empresas encontra-se em recuperação desde o mês de maio. No primeiro semestre de 2020 foram criadas 17.932 empresas e o barómetro aponta que a pandemia provocou uma quebra no nascimento de novas empresas de 35% face ao período homólogo.

Segundo o barómetro, o nascimento de novas empresas no primeiro trimestre “é transversal a todos os setores”, indo de uma quebra de 28% na agricultura e de 42% nos serviços gerais. Os transportes, serviços gerais e atividades imobiliárias foram os setores que mais sofreram com a pandemia da Covid-19 na criação de novas empresas.

No primeiro semestre, nasceram 860 empresas no subsetor do ‘transporte ocasional de passageiros terrestres em veículos ligeiros”, sendo que a maioria das empresas nasceu em janeiro e fevereiro. O número de novas empresas deste setor representa uma descida de 42% face aos valores do período homólogo.

“Nos serviços gerais, a queda nos nascimentos deve-se ao menor número de nascimentos nos subsetores das ‘atividades de saúde’ e dos ‘serviços turísticos’.  Neste período, foram constituídas 1 625 empresas nas atividades imobiliárias, uma descida de 31% (menos 716 empresas)”, explica o barómetro Informa D&B.

Os setores onde mais facilmente se recorre ao teletrabalho como os serviços empresariais e as tecnologias de informação e comunicação, ganharam destaque entre as novas empresas que nasceram durante os últimos meses.

No mês de junho encerraram 881 empresas, um valor semelhante ao do mês anterior mas inferior ao período homólogo, quando encerraram 1.079. Por sua vez, no primeiro semestre 5.844 empresas fecharam portas, menos 1.850 empresas que no período homólogo. “O setor dos transportes é o único a apresentar mais encerramentos de empresas face a 2019, justificada pelo aumento dos encerramentos as empresas de transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, materializado, no entanto, apenas com mais 42 encerramentos”, indica o barómetro.

Os primeiros seis meses de 2020 registaram 1.175 novos processos de insolvência, mais 4% que no mesmo período em 2019, sendo esta uma tendência que já se verificava nos dois primeiros meses do ano. Em junho, verificou-se 214 novos processos de insolvência, mais cinco do que em maio, valores que têm vindo a subir desde abril.

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