As receitas da Altice Portugal tiveram um crescimento homólogo de 11,6% nos primeiros nove meses do ano, para 2,15 mil milhões de euros, anunciou hoje a operadora de telecomunicações liderada por Ana Figueiredo. No mesmo período, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 13,5% para 781 milhões de euros.
Segundo a empresa dona do MEO, o crescimento das receitas deveu-se ao aumento da base de clientes, à diversificação do portfólio de produtos e serviços e ao investimento nas redes da empresa, tanto em termos de infraestruturas como no reforço da qualidade do serviço. O crescimento líquido da base de clientes explica-se também pelo facto de se terem registado níveis historicamente baixos de desligamentos, adiantou.
Até ao final de setembro, e em comparação com os números registados um ano antes, a operadora aumentou a base de clientes de serviços fixos em 4,7%, com o número de subscritores de televisão por subscrição (pay tv) a aumentar em 3,6%.
A empresa, que está integrada no grupo francês Altice, não divulga o resultado líquido nem a restante demonstração de resultados da operação em Portugal.
EBITDA dispara numa altura em que venda da empresa é falada no mercado
Entre julho e setembro, a Altice Portugal registou receitas no valor de 742 milhões de euros, mais 9,1% que no mesmo trimestre de 2022, com esta subida a ser suportada sobretudo pelo área de clientes empresariais, que cresceu 14,5% em termos homólogos, bastante acima da taxa de inflação prevista para este ano em Portugal (5,4%). O negócio residencial, que inclui serviços fixos e móveis, cresceu 4,04% no mesmo período.
Já o EBITDA teve uma subida de 20,3%, para 281 milhões de euros. Por sua vez, o EBITDA menos CAPEX, ou seja, o valor que a empresa liberta excluindo o montante investido nas suas redes e outras infraestruturas, teve uma forte subida homóloga de 43,2% no terceiro trimestre, para 171 milhões de euros.
Esta forte subida do EBITDA da dona do MEO ocorre numa altura em que, no mercado, se fala da possibilidade de a Altice Portugal vir a ser vendida, total ou parcialmente, no âmbito da estratégia de desalavancagem do grupo liderado por Patrick Drahi. Em termos consolidados, o grupo viu o EBTIDA menos CAPEX subir 20,5% no terceiro trimestre, para 271 milhões de euros, segundo a informação financeira que foi hoje disponibilizada no site da Altice Internacional. Já o EBITDA do grupo teve uma subida mais modesta, de 3,9%, para 476 milhões de euros.
No terceiro trimestre, apenas a operação portuguesa viu a sua faturação subir, entre as diferentes unidades que fazem parte da Altice Internacional (que não inclui os negócios do grupo em França e nos Estados Unidos). Em Israel, as receitas caíram 14,5%, enquanto na República Dominicana desceram 8%. A nível consolidado, a Altice Internacional teve uma descida deu 0,6% das receitas no terceiro trimestre, quando comparadas com as do período homólogo, para 1,28 mil milhões de euros.
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