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Receitas turísticas caíram 70% no primeiro semestre para 538,9 milhões de euros

Só em junho, o setor do alojamento turístico registou 493,5 mil hóspedes e 1,1 milhões de dormidas, o que corresponde a quedas de mais de 80% nos dois casos.
14 Agosto 2020, 11h18

Os proveitos totais da atividade turística em Portugal foram de para 538,9 milhões de euros entre janeiro e junho de 2020, o que corresponde a uma diminuição homóloga de 70%, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Apesar da reabertura da economia, este setor manteve uma forte redução em junho, segundo o organismo de estatística nacional. Só nesse mês, o setor do alojamento turístico registou 493,5 mil hóspedes e 1,1 milhões de dormidas, o que corresponde a quedas de 82% e 85,2%, respetivamente.

Observando o segundo trimestre do ano, o mais penalizado pelas restrições à circulação e ao comércio, as dormidas nos estabelecimentos turísticos nacionais afundaram 92,4 para 10,4 milhões, tendo a queda sido mais expressiva nos turistas não-residentes (-97,9%) do que nos locais (-78,1%).

“A maioria dos estabelecimentos que planeava estar em atividade nos meses de junho a outubro previa taxas de ocupação inferiores a 50% em cada um desses meses. A maioria dos estabelecimentos (56,8%) indicou não prever alterar os preços face ao ano anterior. No entanto, cerca de um terço (35,3%) admitiu reduzir os preços, encontrando-se maioritariamente localizados na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve (58,4% e 55,8% dos estabelecimentos localizados em cada região, respetivamente)”, adianta o relatório.

O INE informa também que as fortes perdas – superiores a 90% – sentiram-se inclusive no conjunto dos 16 principais mercados emissores turísticos em Portugal, que representaram 85,7% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos nesse mês. É o caso da China (-98,5%), do Reino Unido, Estados Unidos e Irlanda (-98,3% cada ) e Canadá (-98,2%).

“Desde o início do ano, todos os principais mercados registaram decréscimos, com maior enfoque nos mercados irlandês
(-85,9%), norte americano (-77,3%), belga (-76,8%) e suíço (-76,7%). Os mercados canadiano (-58,0%), brasileiro e
dinamarquês (-60,9% em ambos) foram, entre os principais, os que registaram menores decréscimos”, explica o gabinete de estatísticas.

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