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Reclamações no sector das comunicações descem 5% no 3.º trimestre. NOS a pior e MEO a melhor

Por outro lado, as reclamações sobre serviços postais voltaram a subir face ao período homólogo. CTT lideram queixas.
3 Dezembro 2024, 16h45

As reclamações aos operadores de telecomunicações desceram 5% no 3.º trimestre deste ano, com a NOS a ser a mais reclamada e a MEO a ser a menos.

Em comunicado, o regulador diz que no terceiro trimestre de 2024, registou cerca de 24,7 mil reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, menos 5% do que em igual período de 2023.

Esta descida foi principalmente impulsionada pelas reclamações sobre comunicações eletrónicas, que registaram uma diminuição de 12%, para 14,5 mil reclamações totais este trimestre (58% do total de reclamações).

Por outro lado, as reclamações sobre serviços postais voltaram a subir face ao período homólogo.

O distrito de Lisboa apresentou a maior taxa de reclamação para os serviços de comunicações eletrónicas, com cerca de 18 reclamações por 10 mil habitantes, e Guarda registou a menor, com 4 reclamações por 10 mil habitantes.

Nos serviços postais, o distrito de Faro foi o que apresentou a maior taxa de reclamação, com cerca de 19 reclamações por 10 mil habitantes e, em sentido oposto, Bragança registou a menor taxa de reclamação, com 2 reclamações por 10 mil habitantes.

Nas reclamações relativas a comunicações eletrónicas, a NOS foi o prestador que registou mais reclamações, tanto em termos absolutos como relativos no terceiro trimestre de 2024.

Ao todo, a NOS registou 5,3 mil reclamações (37% do total do sector) e 1,8 reclamações por mil clientes. Porém, as reclamações contra este operador diminuíram 8% neste período.

A Vodafone registou 1,3 reclamações por mil clientes e um total de 4,8 mil reclamações (33% do total do sector), menos 10% do que em igual período do ano passado.

A MEO foi o prestador que registou o menor número de reclamações no sector (0,8 reclamações por mil clientes), com quatro mil reclamações (28% do total), e o que mais viu diminuir o volume de reclamações no terceiro trimestre do ano (menos 16% face ao mesmo período de 2023).

A demora ou não na resolução de reclamações foi o motivo mais reclamado pelos utilizadores de serviços de comunicações eletrónicas, responsável por 2,3 mil reclamações (16% do total) no terceiro trimestre do ano, segundo a Anacom.

Este motivo foi também o que mais aumentou neste período (+4 pontos percentuais – p.p.). Em destaque também estiveram os aumentos relativos à faturação de valores após o cancelamento do serviço e a faturação de valores relativos a condições contratuais não concretizadas (+2 p.p.).

A demora ou reparação deficiente de falhas nos serviços continua a ser o motivo com a maior diminuição (-9 p.p.), face a igual período do ano anterior.

Falta de tentativa de entrega no domicílio continua a dominar as reclamações no sector postal.

No 3º trimestre, registaram-se 10,3 mil reclamações sobre serviços postais, mais 7% em termos homólogos.

As reclamações sobre serviços postais representam 42% das reclamações totais do sector das comunicações. Os CTT foram o operador mais reclamado, tendo sido alvo de 8,3 mil reclamações (81% do total). Este número representa um aumento de 6% em comparação com o mesmo período de 2023.

Por sua vez, a DPD representou 9% das reclamações registadas (cerca de mil reclamações) e viu aumentar em 5% as reclamações no período em análise.

Destaque para o conjunto de outros prestadores postais menos reclamados (General Logistics, UPS, CEP II, DHL, entre outros), que representa cerca de 10% das reclamações do sector e registou o maior aumento neste período (+21%).

A falta de tentativa de entrega no domicílio continua a ser o motivo mais mencionado nas reclamações sobre serviços postais (21% do total de reclamações do sector), no terceiro trimestre de 2024.

As reclamações sobre os atrasos na entrega de correio nacional foram as que mais aumentaram face ao período homólogo (+7 p.p.). O atraso na entrega de encomendas foi o motivo que mais diminuiu (-5 p.p.).

 

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