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Redução do preço dos passes Navegante permite aumento de 8% no número de passageiros

“O principal impacto de uma redução de preços é um aumento do tráfego”, contou o presidente do Metropolitano de Lisboa, Vitor Domngues dos Santos, na Civil Engineering Summit, em Lisboa, esta quinta-feira.
Da esquerda para a direita: Oleg Tyurin (Sociedade Russa de Engenharia Civil); Vitor Domingues dos Santos (presidente do Metropolitano de Lisboa); Tiago Farias (presidente executivo da Carris) e Cemal Gökçe e Hüseyin Kaya, (Câmara Turca dos Engenheiros Civis)
26 Setembro 2019, 16h18

A redução do preço dos passes de transportes públicos Navegante permitiu aumentar o número de passageiros “em cerca de 8%” e os níveis de faturação em bilhética em “cerca de 6%”, revelou o presidente do Metropolitano de Lisboa, Vitor Domingues dos Santos, esta quinta-feira, num dos painéis de debate da Civil Engineering Summit, que decorre em Lisboa até dia 27 setembro,

“O principal impacto de uma redução de preços é um aumento do tráfego”, contou.

Vitor Domingues dos Santos afirmou que a redução dos preços dos passes “foi uma decisão importante do Governo” e que “teve um impacto tremendo, que provocou um aumento significativo da utilização de transportes públicos”.

O presidente do Metropolitano de Lisboa, enquadrado no painel de Gestão Urbana – Redes e Infraestruturas Urbanas, no segundo dia da Civil Engineering Summit, falou nos desafios que o Metropolitano de Lisboa enfrenta para se tornar num sistema de transporte mais simples, económico e multi-modal. O responsável acredita que falar de “gestão urbana é falar de mobilidade”.

Num painel dedicado aos casos de gestão urbana nas cidades de Lisboa, Istambul (Turquia) e Moscovo (Rússia), Vitor Domingues dos Santos foi desafiado pelo presidente executivo da Carris, Tiago Farias, moderador deste painel, a debater sobre “os enormes desafios para o próximo ano na gestão dos transportes” na capital portuguesa.

“Há em Lisboa um desequilíbrio entre a oferta de transportes públicos e o recurso a transportes privados, tal como acontece também noutras cidades europeias”, salientou o presidente do Metropolitano de Lisboa, para quem há importantes respostas a dar aos utentes dos meios de transporte públicos que servem Lisboa.

Tiago Farias, que foi o moderador do painel, acrescentou que em Lisboa, idealmente, procura-se “maximizar” a oferta.

Entre metro, comboio e autocarros (Carris), Vitor Domingues dos Santos destacou os 561.596 passageiros que recorrem aos transportes geridos pelo Metro de Lisboa. Só em viagens de comboio registam-se 233.135 viagens diárias.

“A maioria dos utentes utiliza o comboio”, disse.

Tendo em vista e melhoria da prestação de serviços, o responsável frisou que o organismo está a “implementar um novo sistema de bilhética que estará pronto em 2020”.

Atualmente, o a rede do metro de Lisboa tem 45 quilómetros de comprimento, divididos em quatro linhas. Com a abertura de duas novas linhas previstas para 2020, o centro de Lisboa vai ganhar uma linha circular.

“Temos novas expansões em estudo”, afirmou ainda Vitor Domingues dos Santos. Emissões zero de carbono já em 2020 nos transportes do Metropolitano de Lisboa é outro dos objetivos, acrescentou.

 

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