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Região dos Açores quer discutir pegada carbónica da produção de leite

Vasco Cordeiro, presidente do Governo Regional dos Açores, lançou hoje o desafio em Ponta Delgada, na apresentação da nova marca de leite Nova Açores Pastagem.
11 Novembro 2019, 15h23

“Querem discutir a pegada carbónica de produção de leite? Muito bem, vamos discutir e atribuir-lhe valor económico. É assim na produção de leite, é assim na produção de carne”, assumiu hoje, dia 11 de novembro, Vasco Cordeiro, presidente do Governo Regional dos Açores, na sessão de apresentação da nova marca de leite Nova Açores Pastagem, da Unileite, que decorreu numa unidade hoteleira de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

O presidente do Governo Regional dos Açores recordou que a região não está só neste campeonato, pelo que “temos de fazer sempre mais e melhor, temos de buscar esse fator de diferenciação porque a palavra Açores faz a diferenciação e a valorização. Tem de ter repercussões económicas, tem de representar valor para toda a fileira do leite e rendimento para os agricultores”.

“Temos condições para fazer mais e melhor. Este não é o ponto de chegada, é o ponto de partida. Temos de ver o que é que temos de fazer para ser um setor mais competitivo e proporcionar mais rendimento a todos os que estão neste setor”, desafiou Vasco Cordeiro, sublinhando que “consumir leite é bom, consumir leite dos Açores é muito bom, e consumir leite de pastagem dos Açores é melhor ainda”.

A Unileite é união de cooperativas agrícolas de lacticínios da ilha de São Miguel que se dedica à produção de leite, queijo flamengo, queijo ilha e manteiga, detendo as marcas Nova Açores, São Miguel e Famoso.

O Novo Leite Pastagem, apresentado hoje, é da marca Nova Açores Pastagem. Por seu turno, a Lact Açores é formada por uma união da Unileite com a Uniqueijo (São Jorge) e C.A.L.F. (Faial). Mais recentemente, a Lact Açores assumiu o mandato de gestão da cooperativa Leite Montanha (Pico). A nova marca Pastagem da Nova Açores é produzida neste momento em 84 explorações agrícolas, englobando cerca de seis mil vacas leiteiras e gerando uma produção que se prevê deva atingir cerca 56 milhões de litros por ano.

“Hoje em dia, recebemos por ano cerca de 200 milhões de litros, o que representa 48% da produção leiteira de São Miguel, 32% dos Açores e 11% da produção nacional”, revelou Pedro Tavares, presidente do conselho de administração da Unileite, acrescentando que a organização emprega 320 colaboradores e abarca 680 produtores.

“Queremos, e vamos continuar, na senda de novos produtos e contribuir para a valorização das nossas explorações e para o reconhecimento das boas práticas agrícolas”, assegurou Pedro Tavares.

O presidente do conselho de administração da Unileite garantiu que, tal como sucede com a nova marca de leite Pastagem da Nova Açores, “a certificação irá abranger toda a carteira de lacticínios da Unileite, desde a manteiga aos queijos”.

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