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Região dos Vinhos Verdes aumenta produção e exportações no primeiro semestre de 2020

Também as exportações desta região vitivinícola registaram um comportamento positivo nos primeiros seis meses deste ano, com crescimentos de 3,9% em volume e de 2,7% em valor.
19 Setembro 2020, 17h25

A região dos Vinhos Verdes encerrou o primeiro semestre deste ano com um aumento de produção de 9% face ao período homólogo, apesar do contexto de pandemia de Covid-19 em curso.

Também as exportações desta região vitivinícola registaram um comportamento positivo nos primeiros seis meses deste ano, com crescimentos de 3,9% em volume e de 2,7% em valor.

“No contexto que atravessamos, os bons números comprovam que o setor não parou”, destacou a este propósito Nuno Russo, secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, na sessão solene comemorativa dos 112 anos da demarcação da Região dos Vinhos Verdes, que teve lugar ontem, dia 18 de setembro, por iniciativa da Comissão Vitivinícola da Região (CVR) dos Vinhos Verdes.

“Uma cerimónia simbólica, dado o contexto de estado de contingência declarado pelo Governo, mas que honrou a história da região, como Nuno Russo teve oportunidade de sublinhar”, destaca um comunicado do Ministério da Agricultura.

“Longe vai a data de 18 de setembro de 1908, mas cento e doze anos depois, cá estamos a honrar a vossa, a nossa história. Um percurso marcado pela afirmação, pelo reforço da qualidade e do posicionamento da região”, sublinhou o governante.

Com previsões de produção para 2020 que apontam para uma subida na ordem dos 9%, em relação ao ano anterior, atingindo os 890 mil hectolitros, Nuno Russo realçou que “estes valores, que resultam essencialmente do trabalho e das boas estratégias de comunicação, são para um estímulo e revelam a dinâmica, permitindo à Região dos Vinhos Verdes, no último VITIS [programa comunitário dedicado ao setor da vinha], ver mais de mil candidaturas aprovadas, no valor total de 13,9 milhões de euros, englobando uma área total de vinha a reestruturar de 1.224 hectares”.

“Na maior Região Demarcada portuguesa em termos de área geográfica, o governante destacou ainda o conjunto de medidas excecionais, implementadas nos últimos meses para minimizar os efeitos da pandemia Covid-19 que permitiu à região contar com um apoio de valor superior a dois milhões de euros, num envelope total de ajudas avançadas pelo Ministério da Agricultura de 18 milhões de euros, provenientes do Programa Nacional de Apoio
ao setor vitivinícola, e destinadas à destilação (12 milhões de euros) e armazenagem de crise (seis milhões de euros)”, assinala o referido comunicado do Ministério da Agricultura.

O secretário de Estado Nuno Russo destacou ainda a recente publicação de legislação (Decreto-Lei n.º 61/2020, de 18 de agosto), que estabelece a organização institucional do setor vitivinícola e o respetivo regime jurídico, e que visa garantir o aprofundamento do nível de proteção jurídica das Denominações de Origem e das Indicações Geográficas.

“Desta forma, o Ministério da Agricultura reconhece a importância e o papel das Denominações de Origem (DO) e das Indicações Geográficas (IG), no setor agroalimentar e muito particularmente no que se refere à realidade vitivinícola do país”, assegurou este governante.

O secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural destacou ainda o “consistente aumento de vendas nos mercados internacionais dos vinhos com DOP Vinho Verde, desde 2015, em volume (18%) e em valor (21%)”.

O que “inspira confiança e esperança no futuro”, concluiu Nuno Russo.

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