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Regulação nos seguros “não é entrave mas excesso de regulação pode ser”

A regulação é muito importante e torna-se ainda mais fundamental no sector dos seguros. Mas o excesso pode trazer constrangimentos às seguradoras. Ideia foi defendida na conferência do JE “Seguros e a Incerteza Extrema”, que decorreu esta quarta-feira em Lisboa.
16 Julho 2025, 11h00

O excesso de regulação no sector dos seguros pode ser um entrave para esta área de negócio. Por outro lado, a supervisão e regulação tem aspetos muito positivos porque enquanto clientes, todos querem sentir-se protegidos. Estas foram algumas das ideias defendidas no Special Report do JE sobre os Seguros e a Incerteza Extrema.

Esta quarta-feira, 16 de julho, o JE promove um encontro, no Hotel Intercontinental, em Lisboa para discutir a perspetiva de evolução no setor dos seguros. O mote é a incerteza e como a partir desta se olha para o futuro, tendo em conta particularmente a evolução demográfica e o desenvolvimento tecnológico. O que esperamos agora, o que podemos esperar no futuro.

Para Gonçalo Castro Pereira, a regulação “não é um entrave mas o excesso de regulação é”: “Com isso sentimos mais dificuldade, porque muitas vezes exige alterações informáticas de fundo. Tudo o que vem do regulador é prioritário, até porque o papel é muito mais interventivo, algo com que estou de acordo”.

O excesso também preocupa Carla Castro, economista e diretora de e-commerce, verticais e parcerias da Unicre: “A supervisão e a regulação têm aspetos muito positivos até porque enquanto clientes também queremos estar protegidos. O tema é o excesso e o que isso influencia em termos de negócio. Podem existir dificuldades acrescidas”.

No sector dos pagamentos, por exemplo, destaca a antiga deputada que “estamos habituados a pagar com meios digitais e nos seguros, continua a ser por débito bancário. Já estamos noutro patamar, quero receber um link para fazer um pagamento digital e não uma referência para pagamento. Nos seguros e pagamentos há muito para fazer em termos de inovação”.

Miriam Nicolau da Costa, presidente da Associação Forum Insurtech Fintech Portugal, também enfatizou que a União Europeia “é apontada como a região do globo com mais regulação” e que há uma realidade em que em muitos países “teremos diferentes literacias e velocidades financeiras distintas”. E deu um exemplo: “Diz-se que é também por isso que o Reino Unido saiu da Europa. Muitos players dos EUA posicionam-se no Reino Unido por não estarem sujeitos a tanta regulação”.

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