A Vitacress ambiciona crescer no mercado espanhol nos próximos anos. Espanha já pesa 13% nas vendas e a produtora de saladas embaladas prevê que o país vizinho venha a pesar 20% no volume de negócios até ao final da década.
A companhia gerou vendas de 43 milhões de euros em 2024, um crescimento de 9% face ao ano anterior. Para este ano, prevê novo crescimento de 9%, permitindo atingir os 47 milhões de euros.
“Queremos crescer em Espanha. É possível, espero que sim”, disse Carlos Vicente sobre a subida do peso de Espanha para um quinto das vendas totais.
A companhia vai ter um “novo cliente de maior dimensão a entrar no próximo mês” em Espanha a entrar na sua carteira que não identificou. No pais vizinho, a marca pode ser encontrada nas prateleiras dos supermercados Carrefour, por exemplo.
“O cliente tem uma plataforma de maior volume para abastecer o mercado espanhol”, disse na sexta-feira durante um evento na sede da empresa em Odemira, distrito de Beja.
Apesar do tom positivo, a empresa reconhece os “desafios” deste mercado: “a concorrência local”, para começar, com a empresa a diferenciar-se ao apostar na venda de batata e produtos biológicos de “qualidade”, pois os concorrentes em Espanha “não têm volume” nestes segmentos.
“Outro desafio é a parte logística: chegar de Odemira a Madrid faz-se bem, mas chegar de Odemira a Málaga… tem de ir a Madrid e depois descer. No momento em que tenhamos um camião cheio para Málaga, será fácil entrarmos noutra lógica de negócio”, explicou em declarações à imprensa, apontando para questões de custo e de “shelf life“, isto é, da vida útil dos seus produtos, pois as saladas contam com 10 dias de vida.
A companhia é detida pelo grupo português RAR e conta com 300 hectares de terrenos, a maioria na costa alentejana, mas também no Algarve, integrando 420 trabalhadores no total.
Além de Espanha, também vende para o Reino Unido, mas apenas alfaces inteiras, para serem processadas pelos seus clientes. Este mercado pesa 7% no total de vendas, mas a marca não tem presença nas prateleiras do supermercado, ao contrário de Espanha, onde conta com uma presença física.
A companhia investe todos os anos entre 2 a 2,5 milhões de euros em máquinas, tratores, ou em painéis fotovoltaicos que cobrem o telhado da fábrica, permitindo que 30% da eletricidade consumida tenha origem interna.
Em Portugal, mercado responsável por 80% das vendas da empresa, é a marca líder do mercado fora as marcas próprias das cadeias de distribuição, mas a Vitacress também é responsável por fornecer saladas a várias cadeias, mas com as chamadas marcas brancas.
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