O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Dominic Raab, disse esta quarta-feira que o seu país escreveu ao Conselho de Segurança da ONU, juntamente com a Roménia (país de origem de um dos dois mortos envolvidos no ataque recente a um petroleiro israelita) e a Libéria (dono das águas territoriais onde o ataque aconteceu), para insistir que fossem tomadas medidas contra o Irão.
“O Reino Unido escreveu ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, TS Tirumurti, ao lado da Roménia e da Libéria, para se queixar do ataque do Irão à MV Mercer Street” (empresa detentora do navio), disse Raab no Twitter. “O Conselho deve responder às ações desestabilizadoras do Irão e à falta de respeito daquele país pelo direito internacional.”
Entretanto, os ministros israelitas da Defesa, Benny Gantz, e dos Negócios Estrangeiros, Yair Lapid, realizaram um briefing com representantes do Conselho de Segurança da ONU durante o qual apresentaram informações secretas que mostram a responsabilidade do Irão pelo ataque.
Os Estados Unidos, o Reino Unido e Israel culparam o Irão pelo ataque ao navio, administrado por uma empresa de propriedade do bilionário israelita Eyal Ofer. O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, emitiu um alerta ao Irão esta terça-feira, dizendo que Teerão vai pagar o preço pelo ataque ao navio.
“Estamos a trabalhar para aliar o mundo inteiro, mas quando chegar a hora, sabemos como agir sozinhos”, disse. “O Irão sabe o preço que cobraremos quando alguém ameaça a nossa segurança”.
Esta quarta-feira, a marinha britânica disse que sequestradores que embarcaram num navio na costa dos Emirados Árabes Unidos, no Golfo de Omã, deixaram o navio. O aviso veio depois de o Corpo de Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido do exército britânico terem alertado sobre um “potencial sequestro” sob circunstâncias obscuras ocorrido na noite anterior. Não foram fornecidos detalhes sobre o sucedido, mas o Reino Unido deu o incidente por esclarecido e encerrado.
Na noite de terça-feira, pelo menos seis navios ao largo da costa dos Emirados Árabes Unidos transmitiram avisos de que haviam perdido o controlo da sua direção em circunstâncias pouco claras.
Aparentemente respondendo ao incidente, a agência de notícias estatal iraniana IRNA citou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Saeed Khatibzadeh, que considerou os recentes ataques marítimos na região “completamente suspeitos” e negou qualquer envolvimento do Irão.
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