O Comité de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Comuns, do Reino Unido, publicou esta quinta-feira um relatório destacando a dependência do lançamento do 5G no Reino Unido alavancado em apenas dois fornecedores: o processo de implantação da tecnologia ficou mais caro e atrasado pela decisão do governo, no ano passado, de remover a Huawei da rede por causa de preocupações com a segurança e sanções dos Estados Unidos.
No parecer daquela entidade, a decisão apresenta riscos à resiliência e segurança da rede e após anos de consolidação do mercado de telecomunicações e a recente decisão de excluir a Huawei, o Reino Unido depende de apenas dois fornecedores de equipamentos. “A estratégia de diversificação da cadeia de suprimentos 5G do governo chegou tarde demais para evitar isso e – como o próprio admite – levará anos para obter algum sucesso”, refere o documento.
A fim de evitar situações semelhantes que surjam noutras tecnologias, “o governo deve agir para avaliar urgentemente a sua potencial dependência de fornecedores de tecnologias emergentes”, refere o novo relatório do Comité .
Baseando-se em evidências obtidas ao longo do inquérito, o relatório alerta contra a repetição de erros à medida que novas e importantes tecnologias evoluem. “Os parlamentares apelam ao governo para publicar uma nova avaliação dos riscos de divergência tecnológica global de padrões – e o plano de ação do Reino Unido – dentro de 12 meses”.
Os parlamentares recomendam que se devem identificar “tecnologias emergentes críticas e riscos associados de dependência de fornecedores de alto risco”, e o governo deve apresentar soluções, “incluindo a consideração da capacidade nacional e cooperação internacional, investigação e segurança da cadeia de abastecimento e definição de padrões justos e transparentes” no processo.
Observando que o 5G não é a única tecnologia emergente de importância crítica para o futuro do Reino Unido, o relatório apresenta uma série de recomendações importantes para a implementação atual das telecomunicações, recentemente abordadas na ‘Estratégia de Diversificação da Cadeia de Suprimentos 5G’ do governo. Concluindo que a estratégia precisa agora ser acompanhada por um plano de ação para implementar a estratégia, o Comitê recomenda que “o governo deve conduzir os esforços com a indústria e a academia para cumprir os seus objetivos de longo prazo, em vez de adotar uma abordagem passiva”.
Ao mesmo tempo, de o governo considerar a hipótese de criar medidas para diversificar o mercado, ao mesmo tempo que deve apostar na cooperação internacional: “o Reino Unido é responsável por uma pequena parte do mercado global de telecomunicações, portanto a coordenação internacional será crítica”. O Comité recomenda que o governo “estabeleça um fórum permanente para a cooperação internacional na diversificação do mercado das telecomunicações”.
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