As tarifas anunciadas no início deste mês, que previam veículos e componentes, interromperam algumas cadeias de abastecimento, prejudicando grandes fabricantes a nível mundial como a Toyota, Volkswagen, General Motors e Hyundai.
Sendo assim, porque motivo a Renault parece esquivar-se ao caos generalizado? Um analista da Bernstein destacou recentemente ao “Financial Times” que a Renault encontrava-se entre as empresas melhor protegidas face à incerteza tarifária, ainda que esse panorama poderia mudar com um “colapso generalizado do mercado”.
Com a reestruturação, a Renault manteve a sua capacidade geral de fabrico, com uma presença geográfica menos abrangente em comparação com outros fabricantes de automóveis, produzindo menos automóveis, mas com margens mais altas. Este cenário foi validado num momento em que grupos como a Stellantis e a Volkswagen se mostram extremamente pressionados pela guerra comercial em duas frentes: China e EUA.
Apesar de não vender automóveis nos EUA, a Renault não foi totalmente imune às preocupações dos investidores face a uma eventual recessão da economia a nível global. O impacto das tarifas na procura de automóveis fez com que as ações da Renault tenham recuado 9% desde que Trump anunciou as tarifas no designado “dia da libertação”.