As rendas habitacionais estão a registar o ritmo de crescimento mais acelerado em quase uma década, revela o jornal “Público”. O Governo prepara-se para legislar um meio termo em relação à atualização das rendas, que os dados mostram que seria de 6,94%, respondendo às necessidades das famílias mas indo contra a vontade dos proprietários.
Travão às rendas vai “atacar desenvolvimento económico”
O índice de preços das rendas pagas por inquilinos aumentou 4,81% no mês de agosto quando comparado com o mês precedente, acabando por influenciar a taxa de inflação sentida.
O diário recorda a necessidade de recuar a fevereiro de 2014 para encontrar uma subida tão significativa das rendas. Vendo os novos contratos de arrendamento, as rendas ficaram ainda mais caras. No primeiro trimestre, o valor mediano das rendas de novos contratos de arrendamento fixou-se em 6,74 euros por metro quadrado, correspondendo a um aumento de 9,4% face a igual período do ano passado.
Este novo aumento significa que, por cada 100 euros de renda, poderia ser aplicado um aumento de até 6,94 euros por mês. O “Público” fez as contas e nota que uma renda de 500 euros mensais significaria uma atualização para 534,7 euros.
Ao Jornal Económico, o presidente da Associação de Promotores Imobiliários criticou um potencial travão, apelidando-a de “medida cega”. Hugo Santos Ferreira notou que um travão por completo seria “proteger quem não precisa de ser protegido”, enquanto o economista António Nogueira Leite defende que é nas rendas habitacionais que o Governo tem a única justificação, de forma a proteger os arrendatários.
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