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Representação portuguesa leva conversas e performances à Bienal de Veneza

O projeto GREENHOUSE representa Portugal em Veneza e realiza, de 3 a 5 de setembro, mais uma iniciativa no âmbito do tema da 60ª edição da Bienal: “Estrangeiros em Todos os Lugares”.
Crossing, Mónica de Miranda
30 Agosto 2024, 13h22

GREENHOUSE, projeto que representa Portugal na 60ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia, apresenta de 3 a 5 de setembro, duas conversas e uma performance, de entrada livre, reunindo artistas, programadores e ativistas.

No dia 3 de setembro, das 14 às 16 horas, terá lugar no Palazzo Franchetti uma conversa, que conta com a participação do artista luso-angolano Kiluanji Kia Henda, de João Carlos Silva, coordenador da Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe e diretor do Projecto Integrado de Desenvolvimento da Roça São João (agricultura, pecuária, educação não-formal, ambiente, património, cultura e turismo), o artista brasileiro Dalton Paula e Ângela Ferreira, artista que representou Portugal na 52.ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia, em 2007.

Esta conversa será mediada pela artista, curadora e programadora Melissa Rodrigues, e visa refletir sobre o papel de artistas-curadores e coletivos criados por artistas no sul global e nas comunidades artísticas afro-diaspóricas no mundo ocidental.

Ainda no dia 3, das 16h30 às 17h30, será apresentada a performance “Resurrection /Insurrection” com direção artística do artista angolano Kiluanji Kia Henda, interpretada por Mussunda N’Zombo e Imani Jacqueline Brown, com música de Zumbi Albino. Este trabalho de performance e vídeo explora os processos históricos e contemporâneos de violência colonial, insurreição anticolonial e revivescência pós-colonial.

No dia 5 de setembro, a encerrar esta iniciativa, terá lugar, das 14h às 16h, uma conversa, conduzida por Gabriela Salgado, com Vandana Shiva, ativista indiana, física e pensadora ambiental de renome mundial e impulsionadora do movimento ecofeminista, apresenta práticas baseadas no cuidado com o solo na contemporaneidade.

Até ao final da 60.ª Bienal de Veneza, a 24 de novembro de 2024, estão previstas diversas atividades, integradas no vasto programa público que a representação portuguesa leva a Exposição Internacional de Arte. Assim como prossegue a transmissão, em loop, dos áudio-episódios do podcast “The Funambulist”, na instalação “Cross Talk”, patente na exposição GREENHOUSE.

Sobre GREENHOUSE

O projeto coletivo de Mónica de Miranda, Sónia Vaz Borges e Vânia Gala, representa Portugal na 60ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia, uma edição que tem como tema “Estrangeiros em Todos os Lugares” e pode ser visto pelo público até ao dia 24 de novembro de 2024, no Palazzo Franchetti, em Veneza.

GREENHOUSE questiona a forma como o solo, a terra e as fronteiras se relacionam com a política do corpo no presente. Integra a terra como uma forma de entender os processos de libertação e autodescoberta para criar ecologias de cuidado no ecossistema atual, lê-se na apresentação do projeto.

GREENHOUSE desafia lógicas instituídas de produção e representação artísticas, que tantas vezes reproduzem relações abissais entre curadores/artistas, criadores/críticos, arte/academia. O projeto desafia também noções monolíticas de identidade, cultura, nação e pertença, ao conceptualizar uma alternativa de construção identitária que coloca no seu centro as intersecções entre ecologia, arte e política trazendo discussões internacionais para um pavilhão nacional.

Mais informação: www.greenhouse2024.com

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