Os 8,7 milhões de habitantes na Suíça terão de desembolsar, cada um deles, 12.500 francos suíços (12.500 euros) para resgatar o Credit Suisse. Cada suíço terá de pagar esta quantia significativa para compensar o investimento a realizar pelo governo da Suíça, revela o “El Economista”.
O salário mínimo na Suíça são 3.700 euros mensais, o que significa que cada suíço precisa de pouco mais de três salários mínimos para ajudar a pagar o resgate.
Em termos de comparação, o Governo português canalizou um total de 3,2 mil milhões de euros para a TAP entre 2020 e 2022. Com pouco mais de dez milhões de habitantes, cada português injetou 400 euros, ou, em termos mais simples, cada português trabalhador injetou 800 euros (mais que o salário mínimo nacional).
Ainda que o UBS tenha pago três mil milhões de euros para salvar o concorrente direto, o Governo helvético teve de disponibilizar 109 mil milhões de francos suíços, um montante que representa um peso avultado para qualquer Executivo. A este valor acresce a garantia de 100 mil milhões de francos do Banco Nacional Suíço, não apoiada pelo governo.
Ora, os 209 mil milhões são pouco mais de 25% do PIB da Suíça e excede o total de gastos europeus com a defesa em 2021. Este é o maior resgate financeiro da Suíça, mais do que triplicando o resgate de 60 mil milhões de francos do UBS em 2008, durante a crise financeira que assolou os mercados mundiais.
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