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Restaurantes de Jamie Oliver declaram insolvência e põem em risco mais de mil postos de trabalho

A consultora KPMG foi chamada para gerir os destinos do grupo, muito fragilizado financeiramente. Estão em risco mais de mil empregos. O famoso chef já reagiu: “Estou profundamente entristecido por este desfecho”.
21 Maio 2019, 13h48

A cadeia de restaurantes de Jamie Oliver vai passar a ser gerida pela consultora KPMG, depois de ter sido anunciada, esta terça, feira o início de um processo de insolvência.

As fragilidades financeiras acusadas pela cadeia eram conhecidas já há algum tempo, mas esta esta manhã foi confirmado o cenário inevitável. Ao todo, serão afetados 25 restaurantes do chef no Reino Unido que poderão por em causa mais de mil postos de trabalhos. Neste momento, ainda não se sabe  de que forma afetará o restaurante em Portugal, que abriu portas no Príncipe Real em Lisboa no início do ano passado.

A causa da insolvência remete para prejuízos registados em 20 milhões de libras no ano passado, resultado de uma quebra de 11% nas vendas, para 101 milhões de libras. No ano passado, a cadeia só escapou à falência depois de uma injeção de dinheiro antecipada no valor de 13 milhões de libras por parte de Oliver. Em janeiro, do mesmo ano, o cozinheiro britânico anunciou o encerramento de 12 dos seus 37 restaurantes italianos no Reino Unido como parte de um plano de resgate, uma medida que afetou 200 postos de trabalho.

Fonte da Reuters adianta que desta vez para proteger os credores será implementada uma reestruturação na empresa que pode implicar o despedimento de mais de 1000 funcionários no Reino Unido.

Para além dos trabalhadores, também o banco HSBC será um dos maiores prejudicados dado ser junto desta entidade bancária que a cadeia de restaurantes contraiu grande parte da sua dívida.

“Estou profundamente triste por este resultado, e gostava de agradecer a todo o pessoal e a todos os fornecedores que colocaram os seus corações e as suas almas neste negócio por mais de uma década”, indicou Oliver na rede social Twitter, esta terça-feira.

“Gostaria de agradecer a todos os clientes que apreciaram e nos apoiaram na última década, foi um verdadeiro prazer servir-vos. Lançámos o Jamie’s Italian em 2008 com a intenção de romper com o mercado de refeições no Reino Unido, com um grande valor e ingredientes de maior qualidade e uma  equipa incrível que partilhou a minha paixão por boa comida e serviço. E nós fizemos exatamente isso”, lê-se no comunicado emitido pelo chef.

Em janeiro de 2017, a cadeia de Jaime Oliver já tinha encerrado seis dos seus restaurantes italianos, alegando na altura a “incerteza” gerada pelo ‘Brexit’ e as “duras” condições do mercado.

Jaime Oliver sofreu vários contratempos nos seus negócios, como o encerramento da sua cadeia Union Jack no ano passado, e o fecho da sua revista Jaime, que funcionava há quase uma década.

Em 2015, o ‘chef’ admitiu que cerca de 40% das suas aventuras empresariais tinham corrido mal e lhe tinham custado dinheiro, apesar de ter comentado que esses erros lhe tinham ensinado lições “valiosas”.

 

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