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Restaurantes defendem lotação máxima e medição de temperatura para reabrirem as portas

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) quer ver implementadas regras de distanciamento social e em casos suspeitos, uma zona de isolamento e requisitos específicos para self-service e buffets, take away, delivery e drive-in.
Cristina Bernardo
23 Abril 2020, 10h18

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) quer ver implementado um guia com regras de segurança e higiene no combate à pandemia da Covid-19, para que estes espaços possam reabrir novamente ao público. Em comunicado, a associação defende entre outras medidas a lotação máxima de restaurantes e regras de controlo nas entradas, como a a medição da temperatura corporal a colaboradores e clientes.

Deste guia fazem ainda parte regras de higiene pessoal e de distanciamento social, bem como regras de limpeza e desinfeção na preparação e confeção dos alimentos, menus e serviços. A associação quer também que sejam colocadas zona de isolamento e plano de contingência e requisitos específicos para self-service e buffets, take away, delivery e drive-in em casos suspeitos de infeção do novo coronavírus.

A implementação destas medidas foram discutidas numa reunião da AHRESP na terça-feira, com o primeiro-ministro António Costa, o Ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, a Secretária de Estado de Turismo, Rita Marques, e o Secretário de Estado da Saúde, António Sales.

“A Associação considera que estas medidas são fulcrais para a continuidade da atividade das empresas e manutenção dos postos de trabalho”, refere o comunicado.

Em Espanha cada cliente tem a sua ‘bolha de higiene’

A reabertura da restauração é também uma das principais necessidades em Espanha para reanimar a economia e como tal alguns locais já estão a tomar medidas para reabrirem ao público. Num dos bares mais luxuosos de Madrid, o Ginkgo integrado no hotel de cinco estrelas VP Plaza, cada cliente terá a sua própria ‘bolha de higiene’ com máscaras e luvas, estando separados do resto dos clientes por barreiras acrílicas.

Caso queiram ver o pôr do sol no terraço situado no 12º andar da unidade hoteleira devem pedir permissão a um dos funcionários e seguirem por um caminho isolado e previamente definido.

“A incerteza de não saber como ou quando nos deixarão abrir limitou-nos”, refere ao “El País”, Gildo Hidalgo, proprietário da Dona Calma Gastrobar e Veranillo de Santa Ana e dois restaurantes em Cadiz e que lamenta a redução da capacidade para clientes. “Costumava ter oito funcionários para 70 pessoas, e agora só deixam entrar 20”.

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