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Resultado líquido dos CTT mais que duplicou para 8,7 milhões no primeiro trimestre

Lucro trimestral dos CTT cresceu em termos homólogos 136,3%. O aumento das encomendas impulsionou o crescimento das receitas, o que proporcionou o lucro de 8,7 milhões de euros, segundo as contas divulgadas esta quinta-feira.
6 Maio 2021, 19h33

O resultado líquido dos CTT – Correios de Portugal cresceram 136,3% no primeiro trimestre de 2021, para 8,7 milhões de euros, face ao período homólogo de 2020, quando a empresa lucrou 3,7 milhões.

De acordo com as contas trimestrais, veiculadas esta quinta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o operador postal viu as receitas aumentaram 14,1% até março, para 203 milhões de euros. O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) progrediu 22,3%, para 29,1 milhões de euros.

O resultado positivo foi alavancado pelo crescimento das receitas, devido ao aumento das encomendas. O segmento Expresso e Encomendas atingiu fechou o trimestre com um crescimento de 70%, para 63,4 milhões de euros. Os CTT indicam que esse crescimento foi impulsionado pelo comércio eletrónico, que recebeu um impulso durante o confinamento generalizado da população no início do ano.

A área de Expresso e Encomendas foi alavancada pelo “forte desempenho” global da região ibérica: Espanha apresentou um crescimento de 127,8%, enquanto Portugal disparou 43,8%.

Por oposição, em queda continuam as receitas do segmento correio, que deslizaram 1,5% para 107,8 milhões de euros. As receitas do correio normal caíram 11,7% para 35,7 milhões de euros, com o segmento a ser prejudicado pela “atividade reduzida de clientes empresariais”. Esta área continua a sofrer as consequências dos processos de digitalização e alterações de consumo, segundo a empresa.

Os ganhos dos serviços, por sua vez, dispararam 37%, para 3,6 milhões de euros, com o operador postal a beneficiar “da introdução de novas raspadinhas na rede de retalho dos CTT”. Tendo em conta as restrições impostas pelo estado de emergência no início do ano, os CTT consideram que a área dos serviços tiveram um desempenho “sólido”. Não obstante, em conjunto, a faturação dos serviços financeiros e retalho quebraram 6,7%, para 0,9 milhões de euros.

Os rendimentos dos produtos financeiros recuaram 18%, com o operador postal a sentir uma diminuição de 20,9% nos títulos da dívida pública. A empresa registou uma quebra homóloga de 12% no valor das subscrições efetuadas até março, para  1.192,5 milhões de euros. “Este decréscimo de subscrições, resulta dos excelentes resultados obtidos em janeiro de 2020, em que os montantes passíveis de recaptura (por vencimento de títulos) foram muito elevados (cerca de 1 500 milhões ) e que comparam com 385 milhões este ano”, lê-se.

Entre janeiro e março, a empresa postal registou também um crescimento  de 12,9% dos custos operacionais, para 176,3 milhões de euros. O agravamento dos custos deveu-se ao aumento do volume de encomendas.

Banco CTT com rendimentos de 21,2 milhões e regista 769 moratórias
Quanto ao Banco CTT, a empresa fechou o primeiro trimestre com uma subida de 8,7% dos rendimentos, para 21,2 milhões de euros. O EBITDA recorrente cresceu 26,6% para 1,4 milhões de euros. A empresa nota que a atividade do banco manteve-se “resiliente apesar do impacto das medidas de confinamento no encerramento de balcões” entre janeiro e março.

Dos rendimentos do banco, 17,2 milhões de euros tiveram origem nos segmentos Banco e 321 Crédito e 3,9 milhões dos Pagamentos.

O crescimento dos rendimentos beneficiou, ainda, da “performance positiva da margem financeira, que atingiu 11,6 milhões de euros”, mais 10,9% do que o período homólogo. Os depósitos de clientes cresceram para 1.797,9 milhões, enquanto o número de contas chegou às 529 mil.

A 31 de março, o Banco CTT registava 769, no valor de 42,4 milhões de euros. “Do total de moratórias terminadas, existem 2,5 milhões de euros com atrasos superiores a 30 dias, que representa cerca de 10% do total de moratórias privadas terminadas em 30 de setembro de 2020, verificadas no segmento de crédito automóvel”, adiantam.

A operação da área bancária aliada à subida da área de encomendas levou o operador postal a anunciar que essas duas áreas “mais do que compensaram o decréscimo dos rendimentos” no Correio e nos Serviços Financeiros e Retalho

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