O grupo Sonae estabeleceu um acordo para a venda dos negócios de moda MO e Zippy a um consórcio composto por Francisco Pimentel, atual CEO da MO, e pelo Fundo Mercúrio, da Oxy Capital. A operação, um MBO, representa um encaixe de cerca de 20 milhões de euros para a Sonae. O negócio é um bom ponto de partida para se tentar perceber qual é o sentido estratégico que a atual CEO, Cláudia Azevedo (filha do fundador, Belmiro de Azevedo, e irmã do CEO anterior, Paulo Azevedo) – está a imprimir ao grupo.
Desde logo, a venda do MO e da Zippy resulta em que a exposição do grupo à moda e aos têxteis fica agora reduzida à Salsa (cuja aquisição começou em 2016 e chegou aos 100% em abril de 2020. Estará o negócio suficientemente maduro (e ‘sozinho’ no universo Sonae) para ser vendido? De qualquer modo, entre 2018 e 2024, o tempo de Cláudia Azevedo enquanto CEO, há três áreas de negócio que se tronaram centrais no portefólio: a Musti (cuidados para animais), a BrightPixel (gestão de investimentos) e a Sparkfood (alimentação saudável e sustentável).
Os restantes ativos já existiam em 2018 e alguns deles são mesmo da ‘autoria’ de Belmiro de Azevedo – afinal, o Continente, que se dizia ser “o banco da Sonae”, foi uma decisão sua. Por falar-se em bancos, o setor financeiro nunca foi uma zona de conforto para a Sonae: a aquisição do ‘velho’ Banco Português do Atlântico foi uma ‘novela que alimentos quilos de jornais e o banco Universo nunca chegou a ser aquilo que era suposto no início.
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