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Retrato de um grupo em expansão com fome de novos negócios

Um grupo desta dimensão que não aposte nas novas dinâmicas do mercado e na rotação de ativos abre um caminho rápido para a irrelevância – não é o que tem acontecido à empresa liderada por Cláudia Azevedo. Os resultados do primeiro trimestre ficaram marcados pelo recorde de vendas (2,6 mil milhões de euros), com ganhos de quota em todos os negócios.
31 Maio 2025, 14h00

O grupo Sonae estabeleceu um acordo para a venda dos negócios de moda MO e Zippy a um consórcio composto por Francisco Pimentel, atual CEO da MO, e pelo Fundo Mercúrio, da Oxy Capital. A operação, um MBO, representa um encaixe de cerca de 20 milhões de euros para a Sonae. O negócio é um bom ponto de partida para se tentar perceber qual é o sentido estratégico que a atual CEO, Cláudia Azevedo (filha do fundador, Belmiro de Azevedo, e irmã do CEO anterior, Paulo Azevedo) – está a imprimir ao grupo.

Desde logo, a venda do MO e da Zippy resulta em que a exposição do grupo à moda e aos têxteis fica agora reduzida à Salsa (cuja aquisição começou em 2016 e chegou aos 100% em abril de 2020. Estará o negócio suficientemente maduro (e ‘sozinho’ no universo Sonae) para ser vendido? De qualquer modo, entre 2018 e 2024, o tempo de Cláudia Azevedo enquanto CEO, há três áreas de negócio que se tronaram centrais no portefólio: a Musti (cuidados para animais), a BrightPixel (gestão de investimentos) e a Sparkfood (alimentação saudável e sustentável).

Os restantes ativos já existiam em 2018 e alguns deles são mesmo da ‘autoria’ de Belmiro de Azevedo – afinal, o Continente, que se dizia ser “o banco da Sonae”, foi uma decisão sua. Por falar-se em bancos, o setor financeiro nunca foi uma zona de conforto para a Sonae: a aquisição do ‘velho’ Banco Português do Atlântico foi uma ‘novela que alimentos quilos de jornais e o banco Universo nunca chegou a ser aquilo que era suposto no início.

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