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Revisão estratégica do BCE deverá “provavelmente” ficar pronta no segundo semestre de 2021

Eu diria que vai ficar pronta provavelmente na segunda metade de 2021 porque temos muito trabalho que tem de ser feito. Teremos em consideração o estado da economia, as dinâmicas da inflação e outros fatores e decidimos também ter em consideração as aprendizagens da pandemia”, revelou Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu.
16 Julho 2020, 15h19

A revisão estratégica do Banco Central Europeu (BCE) foi interrompida pela Covid-19 e só deverá ficar concluída já na segunda metade do ano de 2021, anunciou Christine Lagarde, esta quinta-feira.

A presidente do BCE revelou que o Conselho de Governadores discutiu a revisão estratégica, anunciada em dezembro do ano passado, e ficou “claro que tem de ser retomada brevemente”, por volta de setembro.

“Se vai ficar pronta até meados de 2021? Não tenho a certeza. Eu diria que vai ficar pronta provavelmente na segunda metade de 2021 porque temos muito trabalho que tem de ser feito. Teremos em consideração o estado da economia, as dinâmicas da inflação e outros fatores e decidimos também ter em consideração as aprendizagens da pandemia”, revelou Christine Lagarde.

Em janeiro, a presidente do banco central tinha dito que a revisão estratégica iria ficar pronta até novembro deste ano, depois de um amplo exercício sobre a atuação do BCE, desde que tipo de ferramentas podem ser utilizadas até à comunicação e à linguagem utilizada. Large frisou ainda que o ambiente e a sustentabilidade eram temas centrais da revisão.

Na sua primeira conferência de imprensa enquanto presidente do BCE, depois de ter substituído Mario Draghi, Christine Lagarde anunciou que a revisão estratégica do banco central iria começar em janeiro deste ano.

Na altura, a francesa sinalizou que o enorme desafio das alterações climáticas e da desigualdade deve ser integrada na revisão estratégica do banco central, mas garantiu que irá analisar todas as ferramentas que Frankfurt tem à sua disposição. Explicou ainda que o banco central iria analisar com mais incidência o impacto das moedas digitais.

Esta quinta-feira, o Conselho de Governadores do BCE decidiu manter as taxas de juro inalteradas e não avançou com mais medidas de política monetária para a estimular a economia da zona euro.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,00%, 0,25% e −0,50%, respetivamente.

O banco central, liderado por Christine Lagarde, decidiu também não reforçar o Pandemic Emergency Purchase Programme (PEPP), o programa de compra de ativos lançado em março para apoiar a economia e os mercados a enfrentarem os riscos que a pandemia causou na zona euros, que se mantém com um volume total de 1,35 mil milhões de euros. Há seis semanas, o BCE reforçou ainda em 600 mil milhões de euros o PEPP, acima das previsões dos analistas, que estimavam um aumento de 500 mil milhões de euros.

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