Na última década, os consumidores alteraram o modo como compram, como procuram os produtos, apoiados por uma revolução digital, e estão mais recetivos a novos modelos de negócio e marcas disruptivas.

A tendência crescente da utilização de smartphones permite a cada consumidor uma experiência mais interactiva, mais informada, mais próxima e reduz o tempo até à obtenção do produto. No último Black Friday assistiu-se a um grande crescimento nos acessos provenientes destes aparelhos. As empresas de retalho preveem que o crescimento do comércio móvel (sobretudo smartphones) venha a superar o comércio eletrónico por via do computador, embora este deva continuar a ser o canal de compras digitais preferencial até 2020.

À medida que mais produtos e serviços tendem a tornar-se “commodities” os consumidores vão dando mais valor à experiência de consumo que lhe és proporcionada pelas marcas. Os clientes procuram cada vez mais uma experiência personalizada. Seja à mesa a beber vinho e através do QR-Code no rótulo obter informação sobre o percurso do que está a saborear, ir a uma loja de roupa e usar o espelho interactivo para enviar aos amigos a sua foto com as roupas que está a experimentar, ou a customizar o produto que pretende ou o local de entrega. É todo um mundo novo de oportunidades em exploração por consumidores e retalhistas.

Os empresários do sector questionam-se sobre como podem inovar o negócio de modo a que permaneça relevante perante tais mudanças nos consumidores e em simultâneo aumente o negócio e a rentabilidade. Não será que o maior desafio hoje é refletir como estamos a pensar o amanhã? As estratégias e as decisões que se vão tomando hoje baseiam-se necessariamente em pressupostos. Mas os que tiverem sucesso amanhã são o que pensaram de forma diferente hoje e tiveram a capacidade e a coragem de assumir riscos. Três questões que os empresários se podem colocar a si próprios sobre o consumidor em mudança: A quê os consumidores dão valor? O que vão mudar na sua organização para ir ao encontro dessas necessidades? Como vão liderar essa transformação? A capacidade de adaptação ao que já está a acontecer será sempre importante, mas o sucesso do negócio resulta essencialmente da antecipação do que vem a seguir, do saber “ler” para onde nos levam as tendências.