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Revolut com prejuízos de 37 milhões de euros em 2018

A empresa britânica justifica as perdas com o investimento continuado e a expansão para novos mercados. No ano passado, a “Amazon da banca” viu as suas receitas dispararem mais de 350%, para 65,5 milhões de euros, e prevê triplicar o valor em 2019.
1 Outubro 2019, 13h54

A Revolut teve um prejuízo de 32,8 milhões de libras (cerca de 37 milhões de euros) em 2018 devido ao investimento continuado e à expansão para novos mercados. Ao longo do ano passado, a FinTech fundada por Nik Storonsky e Vlad Yatsenko investiu significativamente em infraestruturas, na emissão de cartões, no reforço da equipa e em melhorar a sua oferta alternativa à banca tradicional, como o serviço de trading.

A empresa garante que, apesar das perdas, os resultados mostram uma melhoria na margem de lucros brutos, uma vez que o crescimento da receita excedeu o aumento dos custos, e a eficiência foi atingida de forma transversal por causa do aumento do número de utilizadores e do volume de transações.

A empresa britânica teve ainda um aumento de 354% nas receitas, para 58,2 milhões de libras (aproximadamente 65,5 milhões de euros) nesse período na sequência do desenvolvimento da sua oferta core, do crescimento da base de clientes – que supera os 7 milhões – e da atividade dos utilizadores.

A “Amazon da banca” anunciou ainda que sofreu uma subida de 247% nos custos diretos fruto da emissão de cartões, dos encargos associados aos parceiros e dos custos de aquisição de clientes, mas prevê triplicar o valor das receitas em 2019 e aumentar, em termos homólogos, a margem de crescimento bruto de 10% para 40-50%.

Segundo a informação contabilística divulgada esta terça-feira, a Revolut conta com 3,7 milhões de utilizadores ativos todos os meses e média de 1,1 milhões de utilizadores ativos diariamente e só entre os meses de agosto e setembro fez onboarding a mais de 800 mil clientes.

“O final do ano de 2018 parece que já foi há imenso tempo, mas estes números são muito importantes porque revelam o nosso crescimento sustentado enquanto negócio. O salto que demos em receita e número de clientes, desde o início de 2019, é sintomático dos motivos pelos quais criámos este negócio, e a prova de que continua a justificar-se, afirma Nik Storonsky, CEO e fundador da Revolut, sobre o relatório e contas.

Depois do lançamento da versão beta da Revolut na Austrália, em junho, segue-se o processo de implementação gradual dos serviços nos Estados Unidos da América, Canadá e Singapura, nos próximos meses.

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