A Revolut poderá aproveitar o impacto da Covid-19 na indústria do turismo para adquirir empresas que estão em dificuldades para oferecer aos seus clientes experiências de viagens mais baratas.
Segundo o “Financial Times”, Nikolay Storonsky, co-fundador da Revolut, a fintech britânica vai canalizar parte da última ronda de financiamento, em que levantou 500 milhões de dólares, para comprar empresas tecnológicas que estão afetadas pelo novo coronavírus.
Nik Storonsky revelou que a Revolut tem “uma verdadeira oportunidade” para beneficiar com a crise e pretende cimentar o negócio de cartão de viagem que foi, aliás, a origem da fintech, passando a oferecer serviços de viagem agregados, que permitirão aos utilizadores comprar bilhetes de avião ou alugar carros através da app da Revolut assim que as restrições forem levantadas.
“Muitos agregadores de viagens estão a passar por dificuldades e nós poderemos adquirir um ou vender bilhetes de avião entre 10% a 15% mais baratos”, disse Nik Storonsky, em declarações à publicação britânica.
A Revolut não tem passado imune aos impactos negativos da Covid-19, com quedas significantes das receitas devido às medidas de confinamento adotadas à escala global, que afetaram as transações em cartão. No entanto, a fintech ainda não recorreu a despedimentos, embora tenha permitido aos trabalhadores trocarem uma parte dos seus salários por ações da empresa, de forma a preservar capital líquido.
Ainda assim, Nik Storonsky garantiu que, em termos de liquidez, a Revolut encontra-se numa posição sólida: “estamos ricos em cash“.
A publicação dá ainda conta que a Revolut passou a operar como um verdeiro banco na Lituânia, depois de ter garantido a licença bancária no país no final de 2019. Assim, os depositantes da Revolut passam a estar cobertos pelo fundo de garantia de depósitos da Lituânia.
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