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Ribatejo pode exportar mais 4 mil milhões de euros

Nersant conclui que há potencial para exportar mais para países como Chile e Moçambique.
  • Stringer/Reuters
29 Janeiro 2018, 07h00

Material de transporte, máquinas e aparelhos elétricos e eletrónicos, metais comuns ou transformados, indústrias alimentares, bebidas alcoólicas, vinagre e tabaco estão entre os produtos que poderiam elevar o Ribatejo a um patamar muito superior nas exportações para Moçambique. Esta é a conclusão principal de um estudo de mercado que a Nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém elaborou sobre a capacidade de penetração das mercadorias de produção ribatejana. Os valores atuais cifram-se em apenas 4 milhões de euros para Moçambique, embora Portugal já esteja na linha da frente dos maiores fornecedores em muitas dessas categorias.

A região poderia atingir 822 milhões de euros de exportação, existindo até uma área de negócio que preenche uma fatia de quase 40% desta possibilidade. Num conjunto de 9 produtos que representam um mercado potencial de 314 milhões de euros, só o material de transporte, com destaque para os veículos, significaria mais de 170 milhões. Máquinas e aparelhos, material elétrico, aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e som em televisão e acessórios registam 21 produtos e um potencial específico de 122 milhões de euros. Os metais comuns e suas obras, onde foram identificados 8 produtos, permitiriam um encaixe de 118 milhões, enquanto as indústrias alimentares, bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, tabaco e sucedâneos manufaturados poderiam chegar aos 83 milhões de euros. As cervejas e os vinhos, com potencial de mercado acima dos 10 milhões de euros, é outra das áreas de negócio a desenvolver. A marcar a atual situação débil das exportações para Moçambique está o facto de este país ter um dos mais baixos produto interno bruto (PIB) de África (11 biliões de dólares).

Chile: capacidade para três mil milhões

No caso do Chile, o estudo permite apurar 69 produtos da região com potencial para aumentar as vendas das empresas ribatejanas, para um objetivo que representa um valor de mercado potencial de 2.925 milhões de euros. Existem no documento várias secções com valores de mercado potencial acima dos 150 milhões de euros. Especial é o caso das indústrias alimentar, de bebidas alcoólicas e vinagres, tabaco e seus sucedâneos manufaturados, onde foram identificados apenas 4 produtos com um potencial de mercado de 334 milhões.

Os açúcares em estado sólido e cervejas de malte apontam para vendas possíveis de 143 e 131 milhões de euros, respetivamente, enquanto os produtos das indústrias químicas e conexas assumem um potencial de exportação de 220 milhões de euros.

Com mercado potencial acima de 150 milhões estão ainda os plásticos, borracha e sucedâneos, onde foram identificados cinco produtos com um mercado potencial de 175 milhões de euros. Evidência para os sacos de polímeros de etileno, serviços de mesa e outros utensílios com 61 e 52 milhões de euros. Também os metais comuns são referidos com sete produtos para um mercado potencial de 196 milhões de euros.

O estudo da Nersant desenvolve os casos concretos, não só de Moçambique e do Chile, mas de outros mercados de destino como o Canadá, Austrália, Colômbia, Gana, Marrocos, México, Polónia e Turquia.

Artigo publicado na edição digital do Jornal Económico. Assine aqui para ter acesso aos nossos conteúdos em primeira mão

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